
Um estudo recente trouxe uma descoberta surpreendente: o medicamento Ozempic, amplamente utilizado no tratamento de diabetes tipo 2, pode também reduzir o risco de declínio cognitivo e demência. A pesquisa, que analisou dados de milhares de pacientes, indica que o fármaco tem efeitos neuroprotetores.
Como o Ozempic age no cérebro?
O princípio ativo do Ozempic, a semaglutida, pertence à classe dos agonistas do receptor GLP-1. Essas substâncias, além de controlar os níveis de açúcar no sangue, parecem ter impacto positivo na saúde cerebral:
- Reduzem inflamações neuronais
- Melhoram o fluxo sanguíneo no cérebro
- Protegem contra o acúmulo de proteínas associadas ao Alzheimer
Resultados promissores
Os participantes do estudo que usaram Ozempic apresentaram:
- 30% menos risco de desenvolver demência
- Melhores resultados em testes de memória
- Progressão mais lenta de doenças neurodegenerativas
Os pesquisadores destacam que são necessários mais estudos para confirmar esses achados e entender completamente os mecanismos envolvidos. No entanto, os resultados abrem novas possibilidades para a prevenção e tratamento de condições cognitivas.
O que isso significa para pacientes?
Embora as descobertas sejam animadoras, especialistas alertam que o Ozempic não deve ser usado especificamente para prevenção de demência sem orientação médica. O medicamento continua indicado principalmente para o controle da diabetes, com seus possíveis benefícios cognitivos sendo um efeito adicional em estudo.