Roer as unhas é um hábito muito mais comum do que se imagina, afetando milhões de pessoas em todo o mundo. Conhecido cientificamente como onicofagia, este comportamento compulsivo esconde riscos que vão muito além da estética.
O que é onicofagia e sua prevalência
A onicofagia representa o hábito compulsivo de roer as unhas, uma condição que atinge proporções significativas da população. Nos Estados Unidos, estima-se que até 30% das pessoas possuem este comportamento, números que provavelmente se repetem no Brasil.
Este costume geralmente tem suas raízes na infância, sendo desencadeado por diversos fatores emocionais e psicológicos. Muitas vezes, as pessoas nem percebem quando começam a roer as unhas, tornando-se um ato quase automático.
As causas por trás do hábito
Diversos fatores podem desencadear a onicofagia, sendo os principais:
- Estresse e situações de tensão
- Ansiedade e nervosismo
- Tédio e momentos de ociosidade
- Perfeccionismo e autocobrança excessiva
O ato de roer as unhas frequentemente funciona como uma válvula de escape para emoções reprimidas ou situações desconfortáveis. Para muitas pessoas, torna-se um mecanismo de coping, ou seja, uma forma de lidar com sentimentos difíceis.
Consequências físicas e sociais
Apesar de parecer inofensivo à primeira vista, o hábito de roer unhas pode levar a sérios problemas:
Problemas de saúde incluem infecções bacterianas e virais, já que as mãos estão constantemente em contato com superfícies contaminadas. Questões dentárias também são comuns, com desgaste dos dentes e problemas na mandíbula.
Os danos às unhas podem ser permanentes em casos mais severos, afetando a matriz ungueal. Além disso, muitas pessoas sofrem com constrangimento social, escondendo as mãos e evitando situações onde suas unhas possam ser notadas.
O impacto na autoestima é significativo, criando um ciclo vicioso onde a vergonha do hábito gera mais ansiedade, que por sua vez leva a mais roer de unhas.
Estratégias para superar a onicofagia
Existem diversas abordagens que podem ajudar a controlar e eventualmente eliminar este hábito. Desde técnicas comportamentais até intervenções mais específicas, o importante é encontrar a estratégia que funcione para cada pessoa.
Identificar os gatilhos que levam ao comportamento é o primeiro passo. Em muitos casos, o acompanhamento psicológico pode ser fundamental para tratar as causas subjacentes, como ansiedade e estresse.
Com persistência e as ferramentas adequadas, é possível vencer este hábito e recuperar não apenas a saúde das unhas, mas também a confiança e o bem-estar emocional.