
Imagine só: um simples furinho no pezinho do bebê que pode mudar completamente o futuro de uma família. Pois é exatamente isso que está acontecendo no Piauí, e a notícia é tão boa que merece ser contada com entusiasmo.
O estado acaba de dar um passo gigantesco — e digo gigantesco mesmo — na saúde pública. A rede de identificação neonatal, aquela que a gente conhece popularmente como Teste do Pezinho, agora está disponível em absolutamente todas as maternidades públicas do Piauí. Todas, sem exceção!
Do papel para a realidade
Lembra quando a gente ouvia falar que determinados exames só estavam disponíveis nas grandes cidades? Pois esse tempo ficou para trás. Agora, mesmo nas comunidades mais distantes, nos interiores mais recônditos do nosso estado, toda criança nascida na rede pública terá acesso ao exame.
E não é só burocracia — estamos falando de vidas que serão transformadas. O teste permite identificar precocemente até seis doenças graves, algumas delas raras, que se não tratadas a tempo podem causar sérios danos ao desenvolvimento das crianças.
Como funciona na prática?
O processo é simples, mas o impacto é monumental. Nos primeiros dias de vida, ainda na maternidade, o bebê tem uma pequena amostra de sangue coletada do calcanhar. Essa amostrinha segue para análise no Laboratório Central de Saúde Pública do Piauí (Lacen-PI).
Se detectada alguma alteração — e aqui vem a parte mais importante — a família é contactada imediatamente. O sistema de notificação foi todo otimizado para que nenhum caso se perca no caminho. É saúde pública funcionando de verdade, na velocidade que a vida merece.
Ah, e tem mais: os resultados ficam disponíveis online através do Cartão do SUS. Os pais podem acompanhar tudo pelo celular, sem precisar voltar ao posto de saúde. Conveniência e tecnologia a serviço da saúde — quem diria, né?
Números que emocionam
Desde que o programa foi expandido, já são mais de 1.500 recém-nascidos triados só neste ano. E a meta é ambiciosa: atingir a marca de 90% de cobertura entre os nascidos vivos no estado. Um objetivo que parece mais que possível, considerando o empenho que a Secretaria de Estado da Saúde tem demonstrado.
O que me impressiona, particularmente, é a abrangência dessa ação. Não se trata apenas de disponibilizar exames, mas de construir uma rede de cuidado que começa no nascimento e segue acompanhando a criança. É como se o Piauí estivesse dizendo para cada novo cidadão: "você importa, e vamos cuidar de você desde o primeiro dia".
E sabe o que é mais bonito? Essa conquista não veio do nada. É resultado de um trabalho persistente de anos, de muito planejamento e — por que não dizer? — de uma certa teimosia em acreditar que a saúde pública pode sim ser de qualidade para todos.
Enquanto muitos estados ainda patinam na universalização de serviços básicos, o Piauí mostra que é possível fazer diferente. Que é possível priorizar o que realmente importa: as pessoas.
Fica aqui o registro: mais do que uma medida de governo, isso é um legado para as futuras gerações piauienses. E que venham muitas outras iniciativas como essa!