Menino de 7 anos descobre tumor cerebral após atropelamento em MG
Menino descobre tumor cerebral após atropelamento em MG

Acidente revela diagnóstico inesperado

Um simples passeio para comprar pão mudou completamente a vida de uma família em Pitangui, no Centro-Oeste de Minas Gerais. No dia 1º de julho, o pequeno Heitor Israel, de apenas 7 anos, foi atropelado por um carro enquanto realizava uma atividade corriqueira que costumava fazer com frequência.

O incidente aconteceu no final da tarde, quando Heitor saiu de casa para ir até uma padaria próxima. O telefonema que a mãe, Ianka Israel, recebeu trouxe a notícia que toda família teme: "Corre aqui que o Heitor foi atropelado". Segundo Ianka, o desespero foi imediato e total.

Descoberta que salvou uma vida

Heitor foi levado ao hospital apresentando escoriações e confusão mental. Porém, o que parecia ser um simples atendimento por causa do acidente revelou algo muito mais grave. Uma tomografia mostrou algo incomum, levando à transferência do menino para Divinópolis.

Os médicos então comunicaram à família uma notícia chocante: o acidente não havia causado danos graves, mas os exames haviam detectado um tumor cerebral do tamanho de uma manga que pressionava artérias vitais. A mãe revelou que Heitor nunca apresentou sintomas evidentes, apenas dores de cabeça comuns na infância.

Batalha pela vida e sino da vitória

No dia 22 de julho, Heitor passou por uma cirurgia de alto risco no Complexo de Saúde São João de Deus. Os médicos alertaram sobre possíveis sequelas graves, incluindo perda de movimentos, problemas de visão e até o risco de não acordar da intervenção.

Contra todas as expectativas, o menino surpreendeu a todos. "Eu vi meu filho sair da cirurgia deitado, de bruços, chupando o dedo, como se estivesse dormindo em casa. Ele não teve nenhuma sequela", relatou a mãe emocionada.

Em setembro, Heitor iniciou um tratamento intensivo com 30 sessões de radioterapia associadas à quimioterapia diária em comprimidos. A rotina exigiu que Ianka deixasse seu trabalho para dedicar-se integralmente ao filho e à filha mais nova, de 4 anos.

Após meses de luta, veio o momento mais emocionante: Heitor tocou o sino da vitória na Associação de Combate ao Câncer do Centro-Oeste de Minas (Accom), em Divinópolis. Este gesto simboliza a conclusão de uma etapa importante do tratamento contra o câncer.

A batalha, no entanto, ainda não terminou. Em janeiro, Heitor fará uma nova ressonância para avaliar se o tumor regrediu. Até lá, a família segue unida pela fé, esperança e amor, certa de que a cura completa está próxima.