Mãe de menino com 'pele de borboleta' transforma luta em livro emocionante
Mãe transforma doença rara do filho em livro inspirador

Imagina acordar todos os dias sabendo que um simples abraço pode machucar seu filho. Pois é, essa é a realidade da família de Guilherme Zamariola, um garoto de 12 anos que convive com uma condição que torna sua pele tão frágil quanto asas de borboleta.

A epidermólise bolhosa – essa doença de nome complicado – é tão rara que muita gente nunca ouviu falar. E olha, não é contagiosa, viu? Mas as bolhas e feridas que aparecem ao menor toque... bem, isso transforma cada dia numa verdadeira maratona.

Uma rotina de cuidados intensivos

Todo santo dia, são três horas de curativos. Três horas! Enquanto a maioria das crianças corre para a escola, Gui enfrenta um ritual doloroso que exigiria coragem de qualquer adulto. Sua mãe, Andrea, aprendeu a ser enfermeira, psicóloga e guerreira de plantão 24 horas.

"A gente não escolhe as batalhas, mas escolhe como lutar", ela me contou com uma voz que mistura cansaço e orgulho. E cara, como eles lutam!

Das feridas às páginas: nascimento de um livro

Foi dessa rotina intensa que nasceu "EB: A Doença Rara do Gui". Andrea decidiu transformar a dor em informação, a solidão em companheira de jornada para outras famílias. O livro – lançado numa emocionante noite de autógrafos em Curitiba – é mais que uma história: é um mapa de sobrevivência.

E sabe o que é mais incrível? Todo o dinheiro arrecadado vai direto para a associação que apoia pesquisas sobre a doença. Porque sim, ainda não tem cura, mas a esperança é teimosa.

O que pouca gente sabe sobre EB

  • Afecta tipo uma em cada 50 mil pessoas – raríssimo mesmo
  • Não pega, não transmite, zero risco de contágio
  • Exige cuidados que dariam um filme de suspense
  • Precisa de mais divulgação que influencer famoso

O Gui, com seus 12 anos já cheios de história, sonha em ser youtuber. Quer espalhar conhecimento como sua mãe espalha amor – metodicamente, sem medir esforços.

Enquanto isso, a família Zamariola segue sua batalha silenciosa. Eles sabem algo que muitos de nós esquecemos: a verdadeira força não está na pele, mas no que a gente constrói com as cicatrizes.