
Uma cena que se repete diariamente no Hospital Infantil João Paulo II, em Belo Horizonte, tem chamado a atenção: famílias inteiras passam horas, às vezes dias, aguardando atendimento médico para suas crianças. O cenário de superlotação e demora reflete a crise no sistema público de saúde.
Situação crítica no principal hospital infantil de MG
Relatos de pais e responsáveis mostram um sistema à beira do colapso. "Chegamos às 5h da manhã e só fomos atendidos às 15h", desabafa uma mãe que preferiu não se identificar. A unidade, que é referência no tratamento pediátrico em Minas Gerais, enfrenta desafios estruturais e de gestão.
Os principais problemas relatados:
- Filas que começam a se formar antes do amanhecer
- Falta de leitos para internação
- Escassez de médicos especialistas
- Demora no atendimento de urgência
Profissionais de saúde, que pediram anonimato, afirmam que a situação piorou nos últimos meses. "Trabalhamos no limite, mas a demanda só aumenta", revela um enfermeiro.
Impacto nas famílias mineiras
Além do desgaste físico, as longas esperas causam prejuízos emocionais e financeiros. Muitos pais precisam faltar ao trabalho, enquanto crianças com condições graves aguardam em corredores. Casos considerados urgentes chegam a esperar mais de 12 horas por atendimento.
Autoridades de saúde do estado afirmam estar cientes do problema e prometem medidas para melhorar o fluxo de atendimento. Enquanto isso, as famílias mineiras seguram a angústia e a esperança na fila do João Paulo II.