
Imagine a angústia de uma família correndo contra o tempo enquanto a vida de uma criança escorre pelos dedos. Foi exatamente isso que aconteceu no norte do Paraná, onde uma menina de apenas 5 anos — cheia de sonhos e risadas — perdeu a vida depois de ser picada por um escorpião amarelo, o mais venenoso da região.
Aqui vai o que deixa qualquer um com o coração na mão: a pequena passou por nada menos que três hospitais diferentes antes de receber o soro que poderia tê-la salvado. Três! E o pior? Em nenhum deles havia o antiveneno específico. Quando finalmente encontraram o tratamento, já era tarde demais.
Uma via-crúcis que não deveria existir
Os pais, que preferiram não se identificar, contaram que a primeira unidade sequer tinha médico plantonista. Na segunda, disseram que "não era caso grave". Já na terceira, o antídoto estava vencido — sim, você leu certo. "Parecia um pesadelo do qual não conseguíamos acordar", desabafou a mãe, com a voz embargada.
O caso aconteceu em:
- Londrina, onde a criança foi picada em casa
- Cambé, primeiro hospital procurado
- Rolândia, segunda tentativa frustrada
- Arapongas, onde veio a falecer
E olha que isso não é coisa de filme de terror — é a pura realidade do nosso sistema de saúde. Enquanto isso, os escorpiões estão se multiplicando feito... bem, como escorpiões em época de chuva. Só no primeiro semestre deste ano, os casos aumentaram 40% na região.
O que dizem as autoridades?
Ah, essa é boa! A Secretaria de Saúde do Paraná soltou aquele comunicado padrão — sabe como é — dizendo que "todos os protocolos foram seguidos". Mas convenhamos: quando uma criança morre por falta de um medicamento básico, alguma coisa está muito errada.
E não adianta vir com discurso de que "é caso isolado". No ano passado, duas outras crianças tiveram o mesmo fim no estado. Parece que ninguém aprende com os erros, não é mesmo?
PS: Se você mora em área de risco, fica a dica: mantenha a casa limpa, vedada e, se possível, tenha o contato do hospital mais próximo que tenha soro antiescorpiônico. Melhor prevenir do que... bem, você sabe.