Bebê morre em pronto-socorro de Arujá: família acusa negligência e exige justiça
Bebê morre em PS de Arujá: família acusa negligência

Era pra ser mais um dia comum. Mas virou um pesadelo. Na última segunda-feira (18), uma família de Arujá viveu o pior drama possível: perder um bebê de apenas 8 meses no Pronto-Socorro Infantil da cidade. E o que mais dói? A sensação de que tudo poderia ter sido diferente.

"Chegamos às 14h com ele febril, chorando muito. Só fomos atendidos depois das 18h", conta a mãe, ainda em choque. Quando finalmente viram o pequeno, já era tarde demais. O coraçãozinho parou de bater durante os procedimentos.

Falta de tudo, menos de descaso

O relato da família é de cortar o coração:

  • Equipe reduzida - apenas 2 enfermeiros para dezenas de crianças
  • Falta de medicamentos básicos
  • Equipamentos desligados por falta de manutenção

"Meu filho foi tratado como número, não como vida", desabafa o pai, com a voz embargada. E não é pra menos. Enquanto esperavam, viram outras crianças passando mal no corredor - algumas até vomitando de dor.

A prefeitura responde (ou tenta)

Questionada, a Secretaria Municipal de Saúde "lamenta o ocorrido" e diz que "apura os fatos". Sabe aquela resposta padrão que não resolve nada? Pois é. Enquanto isso, os pais enterram o filho com um buraco no peito e muitas perguntas sem resposta.

O caso já virou notícia na região e mobiliza vizinhos. Alguns até relatam experiências parecidas no mesmo local. "É a gota d'água", comenta uma moradora, enquanto segurava uma placa com os dizeres: "Saúde não é privilégio, é direito".

E agora? A família promete ir até as últimas consequências. Já procurou a Defensoria Pública e ameaça processar o município. "Não quero que outra mãe passe por isso", diz, entre lágrimas. Enquanto a justiça não vem, resta o luto - e a certeza de que o sistema falhou feio.