Intoxicação em sala de aula gera alerta sobre segurança nas escolas
Um incidente grave envolvendo dois alunos da Escola Estadual Francisco Pedro Monteiro da Silva, conhecida como "Chicão", na Vila Xavier em Araraquara, interior de São Paulo, levantou preocupações sobre a segurança no ambiente escolar. Na segunda-feira (24), as crianças precisaram de atendimento médico após ingerirem medicamentos que foram distribuídos por uma colega de classe como se fossem balas.
Detalhes do ocorrido
O caso aconteceu por volta das 9h da manhã, dentro da sala de aula. Segundo o registro policial, uma estudante distribuiu comprimidos para colegas afirmando que se tratavam de doces. Uma das crianças intoxicadas tem apenas 7 anos de idade, evidenciando a gravidade da situação.
As vítimas foram encaminhadas à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) do bairro Melhado, onde receberam tratamento médico. Felizmente, ambas apresentaram melhora no quadro clínico e foram liberadas após serem medicadas.
Relatos das famílias e ação policial
A Polícia Militar foi acionada e compareceu à UPA para contatar as mães das crianças intoxicadas. Uma das mães relatou que, ao buscar a filha na escola, notou que ela apresentava lábios esbranquiçados e manchas no rosto, o que a levou a procurar atendimento médico imediatamente.
Já a mãe do outro aluno informou às autoridades que seu filho ingeriu um comprimido e meio, acreditando estar consumindo um doce oferecido pela colega. Todas as partes envolvidas foram ouvidas na Central de Flagrantes pelo delegado de plantão.
O Conselho Tutelar foi acionado pela polícia, mas informou que não poderia acompanhar a ocorrência na delegacia devido à demanda de outros casos no momento.
Medidas da Secretaria de Educação
Em nota oficial, a Secretaria da Educação do Estado de São Paulo (Seduc-SP) informou que a equipe gestora da escola acionou os responsáveis pelos alunos e o Samu assim que tomou conhecimento do ocorrido.
A pasta destacou que o caso foi inserido na plataforma do programa "Conviva-SP", que realizará ações de conscientização, palestras e oficinas na unidade escolar sobre os perigos da ingestão inadequada de medicamentos. Um psicólogo do programa também foi disponibilizado para atender os estudantes.
A Polícia Civil registrou o caso e investiga as circunstâncias em que a aluna teve acesso aos medicamentos e como ocorreu a distribuição entre os colegas. As autoridades ainda não revelaram a idade da estudante que distribuiu os remédios nem qual tipo de medicamento foi envolvido no incidente.