A menopausa representa um marco natural na vida da mulher, assim como foi a primeira menstruação. Este encerramento do ciclo reprodutivo deve ser encarado com naturalidade e compreensão, trazendo transformações que exigem atenção e autocuidado.
Um processo natural que exige atenção especial
Segundo a Dra. Bianca Prezepiorski, cardiologista do Hospital Costantini, a chegada da menstruação marca o início da vida reprodutiva feminina e a menopausa, o final. "Isso é natural! Nessa fase de transição, é importante olhar para o autocuidado — mas ele deve estar presente em todas as etapas da vida", explica a médica.
A especialista ressalta que tudo o que fazemos ao longo dos anos influencia como viveremos a menopausa. "O cuidado conosco precisa ser constante, em todas as idades". Quanto mais atenção dermos à nossa saúde ao longo do tempo, menos sentiremos os efeitos da menopausa e de outras mudanças ligadas ao envelhecer.
"É claro que há aspectos inevitáveis, como a queda e a paralisação da produção de estrogênio. Mas muitos efeitos podem ser prevenidos, controlados ou amenizados com acompanhamento médico e medidas simples, práticas e sustentáveis", complementa a cardiologista.
Como a menopausa afeta a saúde do coração
Durante o climatério — período que marca a transição para a menopausa — o corpo feminino passa por diversas alterações hormonais, físicas e emocionais. A redução do estrogênio é uma das principais mudanças e pode impactar não apenas o bem-estar, mas também o sistema cardiovascular.
A Dra. Bianca explica que a queda do estrogênio retira um tipo de "escudo natural" que ajuda a proteger o coração. "Após esse declínio hormonal, é comum observar elevação da pressão arterial, alterações no colesterol, acúmulo de gordura abdominal e maior rigidez vascular. Esses fatores aumentam o risco de infarto e AVC", alerta.
Com a diminuição da ação do estrogênio, processos como a resistência à insulina, a inflamação vascular e o acúmulo de gordura visceral tendem a se intensificar, afetando diretamente a saúde cardiovascular.
3 pilares essenciais para proteger o coração
Avaliação cardiológica periódica: Pressão arterial, colesterol, glicemia e funções cardíacas devem ser monitorados com regularidade. "Um check-up com o cardiologista pode identificar sinais que seriam silenciosos demais para notarmos sozinhas", orienta a Dra. Bianca.
Estilo de vida saudável:
- Atividade física regular para manter os vasos flexíveis e favorecer o equilíbrio metabólico
- Alimentação equilibrada com prioridade para alimentos naturais, redução de gorduras saturadas e açúcares
- Controle do peso e da circunferência abdominal para evitar acúmulo de gordura visceral
- Gestão do estresse e sono de qualidade para equilíbrio hormonal e cardiovascular
Terapia hormonal criteriosa: A reposição hormonal pode trazer benefícios quando indicada de forma adequada e no momento certo. "A terapia hormonal não é receita universal, mas, com orientação médica, pode equilibrar muitos dos efeitos silenciosos que a menopausa traz ao coração", ressalta a Dra. Bianca.
"Para muitas mulheres, a menopausa revela vulnerabilidades ocultas. Olhe para o seu corpo com cuidado e com amor e mantenha a saúde em dia, com rotinas mais saudáveis e acompanhamento médico", observa a cardiologista.
A menopausa não deve ser vista como o fim do cuidado, mas sim como um ponto de virada onde o corpo passa a exigir mais atenção e o coração pede esse olhar especial. Com acompanhamento médico e escolhas saudáveis, é possível atravessar essa etapa com leveza, energia e um coração protegido.
Hospital Cardiológico Costantini: Fundado pelo médico cardiologista Dr. Costantino Costantini há 27 anos, o hospital localizado em Curitiba (PR) é referência em atendimento cardiológico de alta complexidade, aliando tradição, inovação e atendimento humanizado.
Este conteúdo tem caráter informativo e não substitui a consulta médica.