O Paraná deu um importante passo no fortalecimento do planejamento familiar ao incluir o implante subdérmico contraceptivo entre os métodos oferecidos gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS). A iniciativa representa um avanço significativo na saúde pública estadual, especialmente considerando que quase 30% das gestações no Paraná não são planejadas, conforme destacou o secretário estadual da Saúde, Beto Preto.
Distribuição e expansão do método
Até o final de novembro, mais de 25 mil unidades do implante chegaram ao estado e foram distribuídas para 38 municípios com população superior a 50 mil habitantes. A previsão da Secretaria de Estado da Saúde (Sesa) é que no próximo semestre o método esteja disponível em todas as 22 Regionais de Saúde do Paraná.
A parceria entre a Sesa e o Ministério da Saúde incluiu treinamentos para capacitar equipes de saúde das cidades contempladas em relação ao manuseio e inserção do contraceptivo. Esses treinamentos ocorreram na última terça-feira (25) e são fundamentais para garantir o acesso adequado à população.
Como ter acesso ao implante contraceptivo
O acesso ao produto será garantido para adolescentes e mulheres entre 18 e 49 anos, seguindo os critérios estabelecidos pelo Ministério da Saúde. As interessadas devem procurar a Unidade Básica de Saúde (UBS) de referência em seu município e passar por avaliação com médico ou enfermeiro.
Inicialmente, o implante está disponível nas UBSs dos seguintes municípios:
Almirante Tamandaré, Apucarana, Arapongas, Araucária, Cambé, Campina Grande do Sul, Campo Largo, Campo Mourão, Cascavel, Castro, Cianorte, Colombo, Curitiba, Fazenda Rio Grande, Foz do Iguaçu, Francisco Beltrão, Guarapuava, Ibiporã, Irati, Londrina, Marechal Cândido Rondon, Maringá, Medianeira, Palmas, Paranaguá, Paranavaí, Pato Branco, Pinhais, Piraquara, Ponta Grossa, Prudentópolis, Rolândia, São José dos Pinhais, Sarandi, Telêmaco Borba, Toledo, Umuarama e União da Vitória.
Vantagens do implante subdérmico
O implante contraceptivo subdérmico de etonogestrel, conhecido comercialmente como Implanon NXT, é considerado um dos métodos mais modernos disponíveis no mercado. Com custo entre R$ 2 mil e R$ 4 mil na rede privada, o método agora é oferecido gratuitamente pelo SUS.
O dispositivo é inserido sob a pele do braço e libera continuamente o hormônio etonogestrel, que impede a ovulação. Sua eficácia se mantém por até três anos, sem necessidade de intervenções durante esse período. Assim como o DIU de cobre, o implante é classificado como LARC (contraceptivos reversíveis de longa duração), considerados mais seguros e eficazes por não dependerem do uso contínuo ou correto por parte do usuário.
Após o período de eficácia, o implante deve ser retirado e, se houver interesse, é possível inserir outro imediatamente pelo próprio SUS. A fertilidade retorna rapidamente após a remoção do dispositivo.
Além do implante, o SUS continua oferecendo outros métodos contraceptivos, incluindo DIU de cobre, pílulas, injetáveis, preservativos, laqueadura e vasectomia, garantindo assim diversas opções para o planejamento familiar da população paranaense.
