A Prefeitura de Macapá iniciou a oferta gratuita do contraceptivo Implanon em todas as Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da capital. A novidade, que amplia as opções de planejamento reprodutivo na rede pública, é direcionada especificamente para mulheres com idade entre 15 e 29 anos.
O atendimento para obtenção do método é realizado mediante agendamento prévio. Antes desta iniciativa, o Sistema Único de Saúde (SUS) na cidade disponibilizava apenas o Dispositivo Intrauterino (DIU) como opção de longo prazo.
Como ter acesso ao contraceptivo Implanon
Para solicitar o Implanon, as interessadas devem se dirigir ao Serviço de Arquivo Médico e Estatística (Same) de qualquer UBS de Macapá. É necessário apresentar a seguinte documentação: RG, CPF, comprovante de residência e cartão de vacina.
Após a inscrição, a mulher passa por uma triagem que inclui exames rápidos. Esta avaliação clínica é fundamental para determinar se o método é seguro e adequado para a paciente. É importante destacar que mulheres grávidas não podem receber o implante.
O que é o Implanon e como funciona
O Implanon consiste em uma pequena haste flexível, do tamanho de um palito de fósforo, que é inserida sob a pele do braço. O procedimento é simples, feito em consultório com anestesia local.
Ele atua liberando de forma contínua o hormônio etonogestrel, um derivado da progesterona. Este hormônio impede a ovulação e, consequentemente, uma gravidez. Sua principal vantagem é a duração prolongada e a alta eficácia.
Com validade de até três anos, o Implanon é considerado o método contraceptivo reversível mais eficaz do mercado. Sua taxa de falha é de apenas 0,05%, sendo menor até do que a da vasectomia (entre 0,1% e 0,15%) e do DIU hormonal (0,2% a 0,8%).
Objetivo da prefeitura e cuidados necessários
De acordo com a gestão municipal, a incorporação do Implanon faz parte da Política de Saúde da Mulher e tem como meta principal reduzir o número de gestações não planejadas na capital amapaense.
Entretanto, o método possui contraindicações. Não deve ser utilizado por mulheres com histórico de câncer de mama, doença hepática grave, sangramento vaginal sem causa diagnosticada ou alergia ao etonogestrel.
Entre os efeitos adversos mais comuns estão dor, inchaço ou hematoma no local da aplicação. Em situações raras, pode ocorrer infecção, geralmente associada a falhas técnicas durante o procedimento de inserção.
A iniciativa representa um avanço significativo no acesso a métodos contraceptivos modernos e de longa duração, oferecendo mais autonomia e opções para o planejamento familiar das mulheres macapaenses.
