A escritora e pesquisadora feminista Iara Lemos alcançou uma conquista histórica durante sua turnê europeia: um compromisso formal da liderança do Vaticano para levar seu trabalho ao Conselho de Direitos Humanos da União Europeia. O acordo foi fechado em reunião com o secretário do Dicastério para Cultura, Educação e Comunicação, monsenhor Paul Tighe.
Diálogo histórico no Vaticano
Durante o encontro realizado em 28 de novembro de 2025, Iara Lemos apresentou seu ensaio feminista "O Silêncio Das Gaiolas", que aborda narrativas de violência e silenciamentos em ambientes religiosos. A escritora avalia que a abertura deste canal de diálogo representa uma quebra de barreiras significativa dentro de uma das instituições mais influentes do mundo católico.
"Levar ao Vaticano um debate tão importante como feminismo, proteção de mulheres e prevenção de combate a violência é, por si só, uma conquista histórica", afirmou Iara em entrevista exclusiva. "Foi aberto espaço para um diálogo direto sobre temas que a instituição tem se empenhado a fortalecer, incluindo o uso ético da tecnologia".
Aplicação revolucionária para 2026
Um dos destaques da agenda europeia da pesquisadora foi a apresentação do aplicativo em desenvolvimento para proteção de mulheres em situação de vulnerabilidade. A ferramenta, que deve ser lançada em 2026 e atualmente encontra-se em fase de testes, utiliza inteligência artificial para oferecer suporte direto.
O aplicativo inclui funcionalidades essenciais como:
- Botão do pânico para situações de emergência
- Canal de atendimento médico e psicológico especializado
- Orientações de saúde específicas para mulheres
- Mecanismos de proteção emergencial integrados
"A proposta é integrar tecnologia de ponta com redes de acolhimento, oferecendo resposta rápida e segura a mulheres em risco e criando um novo modelo de prevenção baseado em dados, agilidade e intervenção qualificada", explicou Iara Lemos.
Rede institucional fortalecida
Além da importante reunião no Vaticano, a escritora realizou encontros estratégicos em quatro instituições-chave: Embaixada do Brasil na França, Embaixada de Portugal na Santa Sé, Instituto Guimarães Rosa em Roma e Embaixada do Brasil na Santa Sé. Essas agendas tiveram como objetivo fortalecer parcerias institucionais voltadas à proteção social, investigação de violações e uso responsável da inteligência artificial.
A expansão do aplicativo está planejada para começar por Portugal em 2026, com posterior implementação na Espanha, França e Itália. O projeto representa uma inovação no combate à violência contra mulheres, unindo tecnologia avançada e redes de apoio humanizadas.
Esta iniciativa marca um momento significativo na intersecção entre feminismo, tecnologia e instituições religiosas, abrindo novos caminhos para o diálogo sobre proteção de mulheres em escala global.