Amapá em Crise Alimentar: Estado Afunda no Ranking Nacional da Fome
Amapá tem 3ª pior fome do Brasil

O Amapá está mergulhando numa crise alimentar que dá arrepios. Não é exagero — os números que saíram esta semana são daqueles que deixam a gente sem dormir direito. Enquanto o país inteiro discute política e futebol, lá no extremo norte do Brasil a realidade é bem mais crua.

Pois é, meu amigo. O estado caiu feio no ranking nacional de segurança alimentar. E quando digo feio, é feio mesmo: ficou com a terceira pior posição entre todas as unidades da federação. Só perde para Alagoas e Piauí nesse triste pódio.

Os números que doem na alma

A pesquisa do IBGE — aquela que a gente sempre espera com um frio na barriga — mostrou que a situação piorou significativamente entre 2023 e 2024. O índice de domicílios com segurança alimentar no Amapá despencou de 45,2% para 39,1%. Parece pouco? Calma aí que a coisa fica pior.

Mais de 230 mil amapaenses — sim, você leu certo — estão em situação de insegurança alimentar grave. Isso significa gente passando fome de verdade, não aquela fominha de final de tarde. E olha que o número total de pessoas afetadas por algum nível de insegurança alimentar chega a 532 mil. Quase metade da população do estado!

Uma comparação que envergonha

Enquanto Santa Catarina ostenta um índice de segurança alimentar de 75,9% — números de primeiro mundo, praticamente — o Amapá patina nos 39,1%. A diferença é abismal, vergonhosa até. Parece que estamos falando de países diferentes, não de estados do mesmo país.

E sabe o que é mais revoltante? A região Norte como um todo está numa situação complicada, mas o Amapá se destaca negativamente. Roraima, que também enfrenta seus desafios, conseguiu melhorar seus índices. Já o Amapá... bem, o Amapá foi na contramão.

O retrato de um Brasil que muitos não veem

Esses números não são apenas estatísticas frias. Representam mães que deixam de comer para alimentar os filhos, pais que ficam sem almoço para garantir que haja jantar, crianças que vão para a escola com o estômago roncando. É desumano, se você para pra pensar.

O pior é que a gente já vinha num processo de deterioração desde 2020. A pandemia deu uma machadada, mas a recuperação — se é que podemos chamar assim — está sendo lenta, muito lenta. E desigual, claro. Sempre desigual.

Enquanto isso, a discussão nacional segue focada em outros temas. A fome no Norte do Brasil parece ser um problema invisível, distante. Até que os números chegam e nos lembram: a crise existe, é real e está se aprofundando.