
Imagine estar preso num tubo de metal a 35 mil pés de altitude quando alguém começa a ter uma crise convulsiva. Foi exatamente o cenário que um casal de médicos de Feira de Santana enfrentou durante um voo para a Espanha — e olha que eles nem estavam de folga!
O Dr. Rafael e a Dra. Luana (nomes fictícios para preservar a privacidade) estavam a caminho de férias quando a tripulação fez um anúncio que fez qualquer cochilo virar pó: "Precisamos de assistência médica urgente!"
O drama a bordo
"Quando chegamos lá, o passageiro já estava no chão, com os olhos revirados e se debatendo", contou Rafael, ainda com a voz um pouco trêmula ao lembrar. "Nunca pensei que meu treinamento em neurologia seria útil no meio do oceano Atlântico."
Enquanto isso, Luana — especialista em emergências — já tinha assumido o comando da situação. "Foi instintivo. Peguei a bolsa de oxigênio, verifiquei os sinais vitais e orientei a equipe de bordo", disse ela, com aquela mistura de modéstia e orgulho que só médicos experientes têm.
O protocolo improvável
- Primeiro, afastaram objetos que poderiam machucar o paciente
- Posicionaram a cabeça para evitar engasgos
- Monitoraram a duração da crise (que parecia uma eternidade)
- Prepararam medicação de emergência — que felizmente não foi necessária
E o mais impressionante? Tudo isso com a cabine balançando como rede de pescador em mar revolto. "Até minha caneca de café virou estrela cadente", brincou Rafael, mostrando que humor e emergência médica às vezes andam de mãos dadas.
Depois de 5 minutos que pareceram 5 horas (quem já passou por isso sabe), a crise passou. O passageiro, um espanhol de cerca de 50 anos, recuperou a consciência confuso, mas estável. "Ele nos agradeceu em um portunhol emocionado", contou Luana.
Lições de um voo turbulento
O caso levantou questões importantes sobre saúde durante viagens aéreas. Você sabia que:
- Companhias aéreas não são obrigadas a ter médicos a bordo?
- Muitos voos internacionais não carregam desfibriladores?
- A pressão da cabine pode piorar condições médicas pré-existentes?
"Foi sorte nossa estar lá", admitiu Rafael. "Mas e se não estivéssemos?" — uma pergunta que ecoou na cabeça de todos os passageiros pelo resto do voo.
Ah, e sobre as férias? "Depois dessa, precisamos é de férias das férias", riu o casal, já planejando contar essa história para os netos — com direito a dramatização e tudo.