Quem nunca olhou no espelho e achou que aqueles quilos a mais eram só falta de disciplina? Pois é, mas às vezes a história é bem mais complicada. O lipedema — sim, com "e" — é uma daquelas condições que pegam a gente de surpresa, fazendo com que até médicos confundam com simples excesso de peso.
Diferente da obesidade, o lipedema é uma doença crônica que causa acúmulo anormal de gordura, geralmente nas pernas e quadris. E olha só: não adianta fechar a boca ou suar na academia — essa gordura teima em não sair. Mulheres são as principais vítimas, e acredite, não é frescura.
Sinais que não enganam
Dor ao toque, inchaço que piora no fim do dia, pele com aspecto de "casca de laranja" e — pasme — hematomas que aparecem do nada. Se você se identificou, melhor marcar uma consulta. O diagnóstico precoce pode evitar que o problema evolua para estágios mais graves.
Ah, e não é só questão de estética não. Nos casos avançados, a mobilidade fica comprometida. Já imaginou não conseguir andar direito porque suas pernas parecem dois postes?
Tratamentos: do básico ao high-tech
- Drenagem linfática: Alivia o inchaço, mas não resolve sozinha
- Meias de compressão: Ajudam, mas muitas reclamam do desconforto
- Liposução especializada: A única que remove de fato os nódulos de gordura
- Exercícios de baixo impacto: Natação e hidroginástica são ótimos aliados
O SUS oferece alguns tratamentos, mas a fila é longa. Já nos planos de saúde, a briga por cobertura é frequente — muitos ainda consideram procedimentos estéticos. Uma verdadeira via crucis para quem sofre com a doença.
E aí, o que fazer?
Primeiro: respirar fundo. Segundo: procurar um angiologista ou cirurgião vascular que conheça o assunto. Terceiro: não cair em promessas milagrosas — dieta low carb ou jejum intermitente não vão resolver sozinhos.
O caminho é árduo, mas com o tratamento certo, a qualidade de vida melhora consideravelmente. E o mais importante? Entender que isso não é culpa sua. O lipedema é uma condição médica, não falha de caráter.
