Câncer de pênis: diagnóstico precoce evita amputação em 90% dos casos
Câncer de pênis: fatores de risco e prevenção

Embora considerado um tumor raro, o câncer de pênis representa uma grave ameaça à saúde masculina quando não diagnosticado precocemente. Segundo dados do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, esta doença afeta aproximadamente 1 em cada 100 mil homens, exigindo atenção especial aos primeiros sinais.

Como identificar os sinais do câncer de pênis

O câncer de pênis geralmente se manifesta através de alterações na pele do órgão genital masculino. É fundamental entender que nem toda lesão peniana indica a presença de um tumor, mas qualquer mudança persistente merece avaliação médica.

Os principais sinais de alerta incluem:

  • Mudanças na coloração da pele
  • Espessamento anormal da pele
  • Nódulos endurecidos
  • Feridas que não cicatrizam

As áreas mais comuns para o aparecimento do câncer são a glande (cabeça do pênis) e a pele ao seu redor, embora possa surgir em qualquer região do órgão.

Fatores de risco e prevenção

Vários fatores aumentam a probabilidade de desenvolver câncer de pênis. A doença é mais frequente em homens acima dos 50 anos, mas pode ocorrer em indivíduos mais jovens.

Entre os principais fatores de risco identificados pelos especialistas estão:

  • Infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano)
  • Fimose (prepúcio estreito que impede a exposição da glande)
  • Inflamações crônicas como balanite
  • Tratamentos dermatológicos com radiação ultravioleta na região
  • Tabagismo
  • Múltiplos parceiros sexuais
  • Início precoce da vida sexual
  • Higiene íntima inadequada

A higiene íntima inadequada merece destaque, pois favorece o acúmulo de secreções e o desenvolvimento de inflamações persistentes.

Avanço da doença e importância do diagnóstico precoce

Quando não tratado adequadamente, o câncer de pênis pode evoluir para estágios mais avançados. Inicialmente, pode comprometer os gânglios da virilha e, em fases posteriores, atingir os gânglios pélvicos e até mesmo órgãos vitais como fígado e pulmões.

O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e preservar o órgão. Quando a doença está restrita à glande ou à pele, pode ser tratada com métodos menos invasivos como laser ou medicamentos tópicos.

Nos casos mais avançados, onde o tumor se mostra mais agressivo, pode ser necessária intervenção cirúrgica para remover parte ou até mesmo todo o pênis, dependendo da extensão da doença.

Qualquer alteração peniana deve ser avaliada por um médico especialista para descartar malignidade. A detecção precoce não só salva vidas como permite tratamentos menos invasivos, preservando a qualidade de vida do paciente.