Embora considerado um tumor raro, o câncer de pênis representa uma grave ameaça à saúde masculina quando não diagnosticado precocemente. Segundo dados do Instituto Português de Oncologia de Lisboa, esta doença afeta aproximadamente 1 em cada 100 mil homens, exigindo atenção especial aos primeiros sinais.
Como identificar os sinais do câncer de pênis
O câncer de pênis geralmente se manifesta através de alterações na pele do órgão genital masculino. É fundamental entender que nem toda lesão peniana indica a presença de um tumor, mas qualquer mudança persistente merece avaliação médica.
Os principais sinais de alerta incluem:
- Mudanças na coloração da pele
- Espessamento anormal da pele
- Nódulos endurecidos
- Feridas que não cicatrizam
As áreas mais comuns para o aparecimento do câncer são a glande (cabeça do pênis) e a pele ao seu redor, embora possa surgir em qualquer região do órgão.
Fatores de risco e prevenção
Vários fatores aumentam a probabilidade de desenvolver câncer de pênis. A doença é mais frequente em homens acima dos 50 anos, mas pode ocorrer em indivíduos mais jovens.
Entre os principais fatores de risco identificados pelos especialistas estão:
- Infecção pelo vírus HPV (papilomavírus humano)
- Fimose (prepúcio estreito que impede a exposição da glande)
- Inflamações crônicas como balanite
- Tratamentos dermatológicos com radiação ultravioleta na região
- Tabagismo
- Múltiplos parceiros sexuais
- Início precoce da vida sexual
- Higiene íntima inadequada
A higiene íntima inadequada merece destaque, pois favorece o acúmulo de secreções e o desenvolvimento de inflamações persistentes.
Avanço da doença e importância do diagnóstico precoce
Quando não tratado adequadamente, o câncer de pênis pode evoluir para estágios mais avançados. Inicialmente, pode comprometer os gânglios da virilha e, em fases posteriores, atingir os gânglios pélvicos e até mesmo órgãos vitais como fígado e pulmões.
O diagnóstico precoce é fundamental para aumentar as chances de cura e preservar o órgão. Quando a doença está restrita à glande ou à pele, pode ser tratada com métodos menos invasivos como laser ou medicamentos tópicos.
Nos casos mais avançados, onde o tumor se mostra mais agressivo, pode ser necessária intervenção cirúrgica para remover parte ou até mesmo todo o pênis, dependendo da extensão da doença.
Qualquer alteração peniana deve ser avaliada por um médico especialista para descartar malignidade. A detecção precoce não só salva vidas como permite tratamentos menos invasivos, preservando a qualidade de vida do paciente.