
Quatro anos. Quatro longos anos de uma dor que teima em não dar trégua, que se instala no corpo e vira companheira indesejada do dia a dia. Foi esse o martírio que um agricultor de Roraima enfrentou até, finalmente, se livrar de um intruso de cinco centímetros que habitava seu rim.
Imagina só: uma pedra do tamanho de uma bala - mas das grandes, daquelas que as crianças adoram - decidiu fazer morada onde não devia. E fez questão de se anunciar. Diariamente.
O calvário silencioso
"Sem entender como aguentei". A frase do agricultor ecoa como um mistério até para ele mesmo. Como alguém suporta mais de mil dias de desconforto constante, daqueles que minam a paciência e testam os limites humanos?
Ele me contou, com uma voz que ainda carregava o cansaço da batalha, que a dor era como uma sombra. Às vezes mais presente, outras menos, mas sempre lá. Nos momentos mais críticos, era como se alguém enfiasse uma faca nas suas costas e torcesse. Sem aviso, sem piedade.
O alívio finalmente chega
A virada aconteceu recentemente, quando profissionais de saúde conseguiram, finalmente, remover o cálculo renal que teimava em perturbar sua existência. Cinco centímetros de puro incômodo saindo do corpo após tanto tempo.
O alívio, imagino, deve ter sido indescritível. Como tirar um peso das costas que você nem sabia mais que carregava. Como conseguir respirar fundo depois de anos com o peito apertado.
E sabe o que é mais curioso? O caso dele não é isolado, mas chama atenção pelo tempo que levou até a solução. Quatro anos é tempo demais para conviver com qualquer tipo de dor, quanto mais daquelas que deixam marcas na alma.
Um alerta que vem do norte
Roraima, esse cantão do Brasil que muitos nem lembram no mapa, nos dá uma lição importante sobre saúde e persistência. O caso do agricultor serve como daqueles alertas que a gente ouve e pensa: "melhor prevenir do que remediar".
Problemas renais são mais comuns do que imaginamos, e às vezes a gente vai adiando, achando que é frescura, que vai passar. Mas o corpo tem seus limites - e ele sabe muito bem disso agora.
Enfim, felizmente essa história tem um final - ou melhor, um recomeço - feliz. O agricultor está se recuperando e, pela primeira vez em muito tempo, pode planejar seus dias sem a companhia indesejada da dor. E isso, convenhamos, não tem preço que pague.