
Uma situação que está deixando produtores rurais da Bahia de cabelo em pé. Quase duzentos animais simplesmente morreram depois de receberem uma vacina que deveria protegê-los, não exterminá-los. O caso aconteceu na região de Irecê, e o dedo está apontado para um lote específico da vacina Excell 10.
O que era para ser um dia rotineiro de manejo sanitário se transformou em pesadelo. Imagine aplicar o medicamento e, horas depois, encontrar seus animais caídos, agonizando. Foi exatamente isso que aconteceu com dezenas de criadores. A Defensoria Pública da Bahia já está com as investigações a todo vapor, tentando entender o que diabos aconteceu.
Números que assustam
Os dados são assustadores - 192 animais mortos, sendo a maioria cabras e ovelhas. Prejuízo que beira o insuportável para pequenos produtores que dependem desses bichos para sobreviver. As mortes começaram a ser registradas no último dia 19 de agosto, e desde então o caso só faz crescer.
O curioso é que a empresa fabricante, a Excell, nega qualquer problema com o produto. Afirmam que testes de qualidade foram realizados e tudo estava dentro dos conformes. Mas, convenhamos, quase duzentos animais não morrem por coincidência depois de receberem a mesma vacina, não é?
Defensoria Pública entra em cena
A Defensoria Pública não está brincando em serviço. Já requisitou à Agência de Defesa Agropecuária da Bahia (Adab) que interdite imediatamente o tal lote suspeito. Além disso, querem que seja feito um recall de todas as doses já distribuídas. Medidas urgentes para evitar que mais tragédias aconteçam.
Os produtores afetados estão sendo orientados a guardarem as ampolas usadas - elas podem ser a chave para descobrir o que realmente aconteceu. Uma análise técnica minuciosa está sendo conduzida, e todos aguardam ansiosamente pelos resultados.
Enquanto isso, a pergunta que não quer calar: como um produto que passou por controles de qualidade pode ter causado tamanho estrago? Será que houve falha no processo? Contaminação? Algo simplesmente saiu errado, e agora criadores pagam o preço.
O caso serve de alerta para todo o setor agropecuário. A segurança sanitária não pode ser negligenciada, pois as consequências são devastadoras. Famílias inteiras dependem da saúde de seus rebanhos, e quando algo assim acontece, é como um terremoto que abala toda a comunidade.