
A doença da vaca louca, cientificamente conhecida como encefalopatia espongiforme bovina (EEB), continua sendo um tema de grande preocupação para a saúde pública e animal. Causada por proteínas priônicas infecciosas, essa condição pode afetar não apenas o gado, mas também seres humanos, desencadeando uma série de complicações neurológicas graves.
O Que São Proteínas Priônicas?
As proteínas priônicas são agentes infecciosos atípicos, pois não possuem material genético como vírus ou bactérias. Em vez disso, elas induzem mudanças na estrutura de proteínas saudáveis no cérebro, transformando-as em formas anormais e prejudiciais. Esse processo desencadeia a degeneração do tecido cerebral, levando a sintomas como perda de coordenação, alterações comportamentais e, eventualmente, a morte.
Como a Doença Pode Ser Transmitida?
A transmissão da vaca louca ocorre principalmente através do consumo de produtos contaminados, como carne ou derivados de animais infectados. Além disso, a doença pode se espalhar por meio de instrumentos cirúrgicos contaminados ou transfusões de sangue, embora esses casos sejam mais raros.
Riscos para a Saúde Humana
Em humanos, a variante da doença, conhecida como doença de Creutzfeldt-Jakob (vCJD), é extremamente perigosa. Os sintomas incluem demência rápida, distúrbios psiquiátricos e perda de funções motoras. Até o momento, não há cura, tornando a prevenção a melhor estratégia.
Medidas de Prevenção
- Fiscalização rigorosa: Inspeção de carnes e subprodutos animais.
- Proibição de certas rações: Evitar o uso de farinhas de carne e ossos na alimentação do gado.
- Educação sanitária: Conscientização sobre os riscos e práticas seguras.
Embora os casos de vaca louca tenham diminuído significativamente nas últimas décadas, a vigilância contínua é essencial para evitar novos surtos e proteger a saúde pública e animal.