Uma cadela de aproximadamente dois anos passou por um susto, mas se recuperou após ser picada por uma cobra jararaca em um morro da cidade de Santos, no litoral de São Paulo. O incidente aconteceu em uma área de mata próxima à residência do animal, localizada no Morro da Nova Cintra.
O momento do ataque e o socorro imediato
O tutor, Erick Lima de Melo, contou que presenciou o momento em que sua cadela, chamada Luna, foi atacada. Ela estava fazendo suas necessidades quando levou a picada, saindo logo em seguida e passando a pata no focinho, em um claro sinal de desconforto. Erick notou que a cadela havia sido atingida por duas presas e, por já ter visto jararacas na região, suspeitou imediatamente de um ataque do réptil.
"Começou a inchar e eu já fiquei desesperado", relatou o tutor ao g1. Diante da situação, ele não perdeu tempo e levou Luna para atendimento de emergência no hospital veterinário Viva Bicho, que ocorreu no dia 22 de novembro.
Estado grave e tratamento de emergência
A auxiliar de veterinária Bianca Amires, de 23 anos, descreveu o estado crítico em que a cadela chegou à unidade. Luna apresentava edema (inchaço) no rosto, sangramento nasal intenso e respiração ofegante. Ela estava em quadro de choque, com pupilas dilatadas, tremores, sem interesse por alimento, incapaz de ficar em pé e demonstrando muito medo e dor.
O fato de o tutor ter a informação sobre a espécie de cobra suspeita foi determinante para a agilidade no tratamento. A equipe iniciou imediatamente a administração do soro antiofídico específico. Além do soro, Luna passou por exames de sangue e recebeu medicamentos como antibióticos, anti-inflamatórios e analgésicos.
"Em 24 horas, a gente já conseguiu ver uma grande diferença", afirmou Bianca. O focinho desinchou e o sangramento foi contido, mostrando uma rápida resposta ao tratamento.
Recuperação e orientações importantes para tutores
A evolução foi positiva. Luna recebeu alta no dia 24 de novembro, apenas dois dias após a internação, e seguiu com um tratamento assistido em casa. Em consulta de retorno realizada na quinta-feira, dia 4 de dezembro, o tutor comemorou a melhora quase total do animal. "Graças a Deus, ela foi melhorando... e já está quase 100%", disse Erick.
O caso serve de alerta para outros donos de animais. Bianca Amires ressaltou a importância de tentar identificar a espécie do animal peçonhento, seja cobra ou aranha, pois isso direciona o tratamento de forma mais eficaz. "Algumas picadas podem trazer sérias consequências ao organismo do cão, evoluindo até para óbito", alertou a profissional.
Ela explicou que o veneno pode causar choque anafilático, com queda brusca da pressão arterial e dificuldade respiratória, além de hemorragias e necrose tecidual. A recomendação é clara: procurar imediatamente um hospital veterinário 24 horas que tenha estrutura e estoque de soro antiofídico para realizar o primeiro atendimento, que é decisivo para salvar a vida do pet.