A Secretaria de Saúde do Estado da Bahia (Sesab) emitiu um alerta importante para a população após a confirmação de novos casos de raiva em animais. Dados oficiais revelam que, até o início de dezembro de 2025, cinco casos da doença foram registrados em território baiano.
Detalhes dos casos e origem da doença
Conforme o boletim epidemiológico divulgado pela Sesab, os cinco diagnósticos positivos para raiva envolveram animais de diferentes espécies. A análise aponta que a principal fonte de infecção foi a variante do vírus rábico associada a morcegos hematófagos, conhecidos popularmente como morcegos-vampiros.
Esses animais são os principais responsáveis pela manutenção do ciclo da raiva em ambientes silvestres e podem transmitir o vírus para bois, cavalos, cães, gatos e, eventualmente, para seres humanos. A confirmação dos casos foi realizada pelo Laboratório Central de Saúde Pública Professor Gonçalo Moniz (Lacen-BA), referência no estado.
Orientações da Secretaria de Saúde para prevenção
Diante do cenário, a Sesab reforça com urgência a necessidade de os tutores manterem a vacinação de cães e gatos em dia. A vacina antirrábica é a única forma eficaz de prevenir a doença nos animais domésticos e, consequentemente, criar uma barreira de proteção para as famílias.
As recomendações das autoridades sanitárias incluem:
- Levar cães e gatos para tomar a vacina antirrábica anualmente, disponível gratuitamente em postos de saúde e durante campanhas de vacinação.
- Evitar o contato direto com morcegos, saguis ou qualquer animal silvestre encontrado caído, ferido ou com comportamento estranho.
- Comunicar imediatamente ao serviço de vigilância de zoonoses do município ou à secretaria municipal de saúde caso observe um animal com suspeita da doença ou encontre um morcego morto.
- Procurar uma unidade de saúde imediatamente se for mordido ou arranhado por qualquer animal, para avaliação do risco e possível início do tratamento profilático.
A raiva é uma doença viral grave e quase 100% letal após o aparecimento dos sintomas, tanto em animais quanto em humanos. A transmissão ocorre principalmente pela saliva do animal infectado, através de mordidas, arranhões ou lambidas em mucosas.
Importância da vigilância contínua
Os casos registrados em 2025 demonstram que o vírus da raiva continua circulando no estado. A vigilância ativa e a notificação de casos suspeitos são ferramentas fundamentais para que as autoridades de saúde possam agir rapidamente, controlando focos da doença e prevenindo surtos.
A Sesab mantém o monitoramento da situação em conjunto com as secretarias municipais. O objetivo é bloquear a cadeia de transmissão e proteger a saúde pública, lembrando que a prevenção é uma responsabilidade compartilhada entre o poder público e a sociedade.
Manter os animais de estimação vacinados não é apenas um ato de cuidado, mas uma medida de saúde pública essencial para erradicar a raiva urbana e proteger toda a comunidade.