
Imagine ter nas mãos um laudo médico que pode salvar seu filho, mas esbarrar numa parede de burocracia que parece intransponível. É exatamente nesse pesadelo que vive uma mãe do Sul de Minas, enquanto a região acumula números que impressionam: mais de três mil processos judiciais travando batalhas por tratamentos de saúde.
A situação é tão crítica que virou quase uma epidemia silenciosa. Três mil! Parece um daqueles números que a gente lê e não consegue dimensionar direito, não é mesmo? Mas cada um desses processos representa uma pessoa, uma família, um drama particular que se desenrola nos corredores da justiça.
O rosto por trás das estatísticas
Enquanto os tribunais afundam em papeladas, tem gente como essa mãe – que prefere não se identificar – lutando contra o relógio. A filha dela sofre de uma doença rara, daquelas que nem todo médico reconhece de primeira. E adivinhem? O diagnóstico tá emperrado há meses, talvez anos.
"Às vezes me pego pensando se vou conseguir ver minha filha recebendo o tratamento certo antes que seja tarde", desabafa ela, com aquela voz cansada que só quem vive na pele entende. O pior é saber que sua história é apenas uma entre milhares.
Por que tanta judicialização?
O que diabos tá acontecendo no Sul de Minas? Será que o sistema de saúde colapsou de vez? Especialistas apontam várias razões, mas a verdade é que estamos falando de negativas de tratamentos, exames que não saem, medicamentos que simplesmente somem das prateleiras.
E não venham me dizer que é só questão de dinheiro. Tem algo muito errado quando cidadãos precisam recorrer à justiça para conseguir o básico – tipo um diagnóstico, pelo amor de Deus!
- Planos de saúde que criam mais obstáculos que soluções
- Sistema público sobrecarregado até o talo
- Burocracia que parece feita pra cansar mesmo
- E no meio disso tudo, pacientes que viram números
O preço humano da judicialização
Cada processo aí representa alguém que poderia estar se tratando, mas tá gastando energia com advogados, audiências, documentos. É desumano, se me perguntarem. E o mais irônico? Muitas vezes, quando a justiça finalmente decide, o tratamento já chegou tarde demais.
A tal mãe da história me contou que já perdeu as contas de quantas portas bateu. "Parece que ninguém quer assumir a responsabilidade", diz ela, com aquela resignação que dói na alma. Enquanto isso, a menina vai ficando mais fraca, e o tempo vai passando.
Tem solução à vista?
Olha, não sou especialista em saúde pública, mas qualquer um com dois dedos de frente enxerga que isso tá insustentável. Três mil processos não surgem do nada – é sintoma de um problema gravíssimo que ninguém quer encarar de frente.
Talvez esteja na hora de repensarmos todo o sistema. Ou será que vamos esperar chegar a cinco mil processos? Dez mil? Até quando vamos tratar vidas como números em estatísticas?
Enquanto isso, no Sul de Minas e provavelmente em todo o Brasil, milhares continuam sua batalha solitária. Esperando por uma chance, por um diagnóstico, por um tratamento. Esperando, basicamente, por uma vida que vale a pena ser vivida.