Tragédia familiar: Padrasto infarta ao visitar enteado internado e ambos morrem
Padrasto e enteado morrem com 1 dia de diferença no PR

Duas mortes em menos de 48 horas abalam família no Paraná

Uma família de Santo Antônio da Platina, no norte do Paraná, viveu uma tragédia comovente no último final de semana. João Gonçalves, de 55 anos, e Vitor Silva, de 16 anos, padrasto e enteado que mantinham uma relação de amizade, morreram com apenas um dia de diferença em circunstâncias dramáticas.

A visita fatal na UTI

No domingo, 23 de junho, João foi visitar Vitor na Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Norte Pioneiro. O adolescente estava internado há um dia em estado grave devido às complicações causadas pelo uso de cigarros eletrônicos. A situação do jovem havia sido comunicada ao padrasto por telefone anteriormente.

Enquanto aguardava na recepção do hospital para ver o enteado, João sofreu um infarto fulminante. A equipe médica agiu rapidamente, mas não foi possível salvar sua vida.

Angélica Paiva da Silva, esposa de João e mãe de Vitor, compartilhou sua dor: "E ele amava, e nem eu sabia que ele amava tanto assim meu filho para não suportar a notícia que ele estava intubado".

O segundo golpe para Angélica

Na segunda-feira, 24 de junho, após sepultar o marido, Angélica retornou ao hospital para visitar o filho. Ao chegar, testemunhou a equipe médica correndo para atender Vitor, que estava em parada cardíaca.

"Meu Deus, de novo não", foi o pensamento que passou pela mente da mãe, conforme ela mesma relatou. Infelizmente, o adolescente morreu minutos depois, completando a tragédia familiar.

O perigo dos cigarros eletrônicos

A certidão de óbito de Vitor apontou como causa da morte sepse de foco pulmonar e insuficiência respiratória aguda por tabagismo com uso de cigarro eletrônico. A família só descobriu que o adolescente usava o dispositivo quando ele foi levado ao hospital e contou aos médicos.

Angélica fez um alerta emocionado: "Esse cigarro eletrônico pode parecer inofensivo, mas ele acabou com a minha família em dois dias, perdi meu filho e perdi meu marido. É uma modinha, só que mais quantas mães vão chorar pelos filhos por causa disso?"

O casal estava junto há oito anos, e João tinha um relacionamento próximo com Vitor - tanto que havia batizado o adolescente na igreja e o ajudado a conseguir um emprego como vendedor. A história dessa família serve como um triste alerta sobre os riscos reais dos cigarros eletrônicos.