
Não era apenas uma banca de jornal. Era um ponto de encontro, um pedaço da história viva de Teresina que, infelizmente, perdeu seu guardião. Joel da Silva, o carismático e incansável jornaleiro conhecido por todos simplesmente como 'Joel da Banca', faleceu nesta quinta-feira (22), deixando um vácuo silencioso no coração da cidade.
Aos 74 anos, ele não testemunhou apenas a transformação das notícias de papel para os pixels digitais – ele foi um personagem central nessa narrativa. Quem nunca parou para um bate-papo rápido, uma piada ou para ouvir uma de suas histórias sábias enquanto pegava o jornal matinal?
Uma vida dedicada às palavras e às pessoas. Aquele cantinho, que há tantas décadas era seu reino, era muito mais que um comércio. Era uma instituição informal, um lugar onde as manchetes nacionais se misturavam com as fofocas do bairro, onde todo mundo era conhecido pelo nome.
O adeus a um ícone local
O velório, é claro, foi um reflexo dessa vida bem vivida. Uma corrente constante de amigos, clientes fiéis e familiares passou pelo local para prestar suas últimas homenagens. Dá pra sentir aquele aperto no peito, não dá? Perder uma figura assim é como perder um pedaço do próprio bairro.
E no sábado (24), às 15h, será a despedida final. O corpo de Joel será sepultado no Cemitério Parque Nossa Senhora da Paz, no bairro Saci. Um momento triste, sem dúvida, mas também uma celebração de uma existência que realmente fez a diferença no cotidiano de tanta gente.
Ele deixa um legado que vai muito além das pilhas de jornais. Deixa saudades, memórias afetivas e a lição de que um trabalho simples, feito com amor e dedicação, pode transformar um emprego em algo legendário. A banca pode até continuar, mas sem Joel, a alma do lugar estará em outro plano.
Descanse em paz, seu Joel. Teresina certamente ficará mais quieta sem você.