
Imagine a dor de perder alguém que você ama — e ainda por cima ter que enfrentar um labirinto burocrático para trazer essa pessoa de volta ao seu país. É exatamente o pesadelo que a família da jovem brasileira Ana Lúcia Mendes, 28 anos, está vivendo desde sua morte inesperada em Portugal.
Segundo relatos emocionados da prima da vítima, "a Ana era cheia de vida, veio pra Europa em busca de oportunidades, e agora a gente não consegue nem trazer ela pra descansar em casa". O desespero é tanto que criaram uma vaquinha online — porque, convenhamos, ninguém espera ter que pagar 15 mil euros (quase R$ 90 mil!) num momento desses.
O que aconteceu?
Detalhes ainda são escassos — a polícia portuguesa investiga se foi acidente ou algo mais grave. Mas o certo é que:
- A morte ocorreu no último sábado (17/08) em Lisboa
- A família só soube 24h depois, quando a prima foi checar por que Ana não respondia
- Documentos? Tudo complicado — até a certidão de óbito tá emperrada
"É um descaso com a gente que tá longe", desabafa um tio da moça, enquanto tenta resolver a papelada pelo celular — porque é isso ou gastar uma fortuna em ligações internacionais.
Solidariedade nas redes
O caso viralizou quando amigos começaram a compartilhar a situação. Nas palavras de uma amiga: "Se cada um doar o valor de um cafezinho, a gente traz nossa irmã de volta". Até agora, conseguiram cerca de 30% do valor necessário — mas o relógio corre contra eles.
E tem mais: o consulado brasileiro em Lisboa está ajudando — mas, como sempre, os trâmites são lentos. Enquanto isso, o corpo permanece num necrotério português, e a família vive entre ligações intercontinentais e noites sem dormir.
Uma vizinha da família em Brasília resumiu: "É pra chorar mesmo. Moça nova, cheia de planos, e agora tão pedindo esmola pra enterrar parente". Cruel, não? Mas é a realidade de muitos brasileiros que morrem no exterior.