
A coisa começou a ficar séria aqui em Pernambuco. Do nada, surgem notícias que dão um frio na espinha: casos suspeitos de intoxicação por metanol estão sendo investigados pelas autoridades de saúde. E olha, quando se trata de metanol, a história é bem diferente daquela cervejinha com os amigos.
Segundo a Secretaria Estadual de Saúde (SES), a situação ainda está sendo apurada, mas já acendeu aquela luz amarela que ninguém gosta de ver. O metanol — ou álcool metílico, para quem prefere o nome técnico — é daqueles vilões que agem na surdina. Aparência de álcool comum, mas com efeitos devastadores no organismo.
O Perigo que Mora na Similaridade
O grande problema? É quase impossível distinguir à primeira vista. O metanol parece etanol, tem cheiro parecido, mas o estrago que faz no corpo humano é de cortar o coração. E pior: os sintomas iniciais são tão enganadores que muita gente acha que é só uma bebedeira mais forte.
Mas aí vem o troco. Horas depois da ingestão, a coisa desanda de verdade. A pessoa começa com:
- Visão embaçada ou turva — como se estivesse vendo através de um véu
- Dor de cabeça que não passa com remédio comum
- Tontura que derruba
- Náuseas e vômitos que não dão trégua
- E nos casos mais graves, até convulsões e perda de consciência
O que mais preocupa é que o metanol não brinca em serviço. Ele ataca principalmente o sistema nervoso e os olhos — e em muitos casos, os danos são irreversíveis. Já vi caso de gente que perdeu a visão completamente por conta de uma dose errada.
O Que Fazer na Hora do Desespero?
Se tem uma coisa que aprendi cobr saúde todos esses anos: na dúvida, corra. Não espere o pior acontecer. Ao menor sinal de que alguém ingeriu alguma bebida alcoólica de origem duvidosa e começa a passar mal, a regra é clara:
- Procure atendimento médico imediatamente — cada minuto conta
- Leve a embalagem da bebida se possível — ajuda no diagnóstico
- Não tente tratamentos caseiros — pode piorar a situação
- Mantenha a pessoa hidratada — mas só se estiver consciente
A SES já está de olho aberto. Os profissionais de saúde foram alertados, os hospitais estão preparados, e a vigilância sanitária deve intensificar a fiscalização. Porque quando o assunto é saúde pública, prevenir sempre foi melhor — e mais barato — que remediar.
Enquanto isso, a recomendação é a de sempre: compre bebidas apenas em estabelecimentos confiáveis, desconfie de preços muito baixos e, se ver alguma coisa estranha, denuncie. Sua vida — e a de muita gente — pode depender disso.