Não é brincadeira. A Paraíba está vivendo um daqueles capítulos que a gente pensou ter virado página — mas a COVID-19 resolveu dar as caras de novo. Só neste ano, mais de 50 famílias já perderam seus entes queridos para o vírus. E olha que agosto mal começou!
Segundo dados oficiais — aqueles que a gente sabe que podem estar subestimados —, os hospitais estão sentindo o baque. Enquanto isso, nas ruas, muita gente continua agindo como se fosse 2019. "Tá tranquilo, tá favorável", dizem alguns. Mas os números gritam outra realidade.
O retrato da situação
Parece que a memória é curta mesmo. Depois de dois anos de relativa calmaria, a curva começou a subir feito foguete em junho. E aí veio julho, com suas festas juninas e aglomerações, pra dar aquela ajudinha... Resultado? UTIs voltando a lotar e médicos com aquela sensação de déjà vu nada agradável.
- Maioria dos óbitos em pessoas acima de 60 anos
- 30% dos casos graves em não vacinados
- 5 municípios concentram 70% das mortes
E não adianta vir com "ah, mas é só uma gripezinha". Quem trabalha na linha de frente sabe que a coisa tá feia. Dona Maria, enfermeira há 20 anos, me contou: "Tô revendo cenas que não queria mais ver. Pacientes jovens, sem comorbidade, entubados. Isso dói."
Vacinação: o calcanhar de aquiles
Aqui o bicho pega. Com a falsa sensação de que "acabou", a adesão às doses de reforço despencou. Sabe qual é o pior? Muita gente nem completou o esquema básico ainda. Aí depois quer culpar o SUS quando a coisa aperta...
O secretário de saúde — aquele que sempre aparece sorridente nas propagandas — admitiu: "Temos estoque, mas falta braço." Traduzindo: vacina tem, o que falta é gente se vacinar.
E agora, José?
Enquanto isso, nos grupos de WhatsApp, as fake news continuam mais vivas que nunca. "Vacina altera DNA", "Ivermectina cura" — parece piada, mas tem gente que ainda cai nessa. O prefeito de Campina Grande já avisou: "Quem espalhar mentira vai responder na justiça." Tomara que cumpram.
E você, já tomou sua dose este ano? Não espere a água bater na bunda. A história tá aí pra provar: quando a gente relaxa, o vírus aproveita. E dessa vez, nem todo mundo tá saindo ileso.
