
Parece coisa de filme de terror, mas é a pura realidade: uma substância perigosa está circulando por aí, disfarçada em bebidas aparentemente inofensivas. E o pior? Já fez vítimas em pelo menos seis unidades federativas do país.
O metanol — sim, aquele álcool venenoso que a gente só ouvia falar em aulas de química — virou uma ameaça concreta à saúde pública. Até agora, o Ministério da Saúde já contabilizou nada menos que 113 notificações de intoxicação. E olha, esses números podem ser só a ponta do iceberg.
Onde está acontecendo?
O mapa da preocupação se espalha pelo Brasil. São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Paraná, Mato Grosso do Sul e até o Distrito Federal já registraram casos. Uma verdadeira epidemia silenciosa que não escolhe vítima por região.
E tem mais: dessas 113 notificações, 15 casos já foram confirmados laboratorialmente. Outros 18 seguem sob investigação — suspense que ninguém quer fazer parte, convenhamos.
Mas como isso acontece?
Aqui é que mora o perigo. O metanol frequentemente aparece em bebidas alcoólicas artesanais ou, pior ainda, em produtos falsificados. Às vezes, a contaminação acontece por pura negligência na fabricação; outras, por adulteração criminosa mesmo.
E o que mais assusta: visualmente, não dá pra diferenciar. A bebida contaminada parece igual à original. Um jogo russo que ninguém deveria estar jogando.
Sinais de alerta: seu corpo gritando por ajuda
Os sintomas começam enganando — parece uma embriaguez comum, mas rapidamente evolui para algo muito mais sinistro:
- Visão embaçada ou turva (um dos sinais mais característicos)
- Dor de cabeça que não passa
- Tontura que derruba
- Náuseas e vômitos incontroláveis
- E nos casos mais graves — confusão mental, convulsões e até coma
Atenção redobrada: se você suspeitar que bebeu algo adulterado, não espere piorar. Corra para o hospital mais próximo. Cada minuto conta quando se trata de intoxicação por metanol.
E tem morte no meio dessa história?
Infelizmente, sim. Duas mortes já foram confirmadas como relacionadas ao metanol — uma em Minas Gerais e outra no Paraná. Outros três óbitos seguem sob investigação, com fortes indícios de que o metanol possa ter sido o culpado.
É triste pensar que pessoas perderam a vida por causa de um gole. Um risco completamente evitável.
O que as autoridades estão fazendo?
O Ministério da Saúde não está de braços cruzados. Eles emitiram um alerta nacional para que todos os estados fiquem de olhos abertos e notifiquem imediatamente qualquer caso suspeito.
Vigilâncias sanitárias locais também foram acionadas para investigar a origem dessas bebidas contaminadas. Alguém, em algum lugar, está produzindo esse veneno — e precisa ser encontrado rápido.
Enquanto isso, a recomendação é clara: desconfie de bebidas com preço muito abaixo do normal ou de origem duvidosa. Às vezes, a economia de alguns reais pode custar uma vida.
No fim das contas, essa história serve como um lembrete cruel: o perigo nem sempre vem de onde a gente espera. Às vezes, ele chega disfarçado de diversão em uma garrafa.