
A coisa tá feia, gente. O que parecia ser uma simples bebida alcoólica se transformou em veneno. E o pior: já fez vítimas fatais.
O Brasil registrou nada menos que 41 notificações de intoxicação por metanol — uma substância perigosíssima que, nas palavras de um toxicologista que conversei, "é uma roleta russa química". Desses casos, impressionantes 37 aconteceram aqui em São Paulo. Três pessoas não resistiram.
O epicentro da crise
Parece que o estado de São Paulo virou o palco principal dessa tragédia. David Uip, secretário estadual da Saúde, confirmou a situação com aquela seriedade que a coisa exige. "Temos três óbitos confirmados por metanol", disse ele, deixando claro que a situação é, no mínimo, preocupante.
E olha que os números podem ser ainda piores — sempre são, nessas horas. A gente sabe como é: sempre tem caso que não chega no sistema, gente que trata em casa e não procura hospital...
Mas espera aí — o que é metanol mesmo?
Pra quem não lembra das aulas de química (eu mesmo quase não lembro), o metanol é um álcool que não deveria estar em bebida alguma. É daqueles que usam na indústria, como solvente. O problema é que ele é bem mais barato que o etanol — aquele das nossas bebidas habituais — e acaba sendo usado pra adulterar drinks.
O corpo humano, inteligente como é, transforma o metanol em ácido fórmico. Sim, o mesmo das formigas. E é aí que o estrago acontece: cegueira, danos neurológicos permanentes e, nos casos mais graves, a morte.
Sinais de alerta que você NÃO pode ignorar
- Visão embaçada ou turva — parece que tá vendo tudo através de um véu
- Dor de cabeça que não passa com remédio comum
- Tontura e náuseas — mas daquelas diferentes do que você tá acostumado
- Dificuldade pra respirar, como se faltasse ar
Se sentir qualquer um desses sintomas depois de beber, corre pro hospital. Não espera pra ver se passa, porque pode não passar.
E agora, o que fazer?
As autoridades tão correndo contra o tempo. A Anvisa já emitiu alertas, os hospitais tão de sobreaviso, mas a verdade é que o perigo pode estar em qualquer bar de esquina, qualquer festinha, qualquer boteco.
O conselho é simples, mas vital: compre bebidas apenas em estabelecimentos confiáveis. Desconfie de preços muito baixos — quando a esmola é muita, o santo desconfia. E se bebeu e passou mal, não tenha vergonha de procurar ajuda. Melhor passar um constrangimento no hospital do que... bem, você entende.
Enquanto isso, a vigilância sanitária trabalha pra descobrir a origem dessas bebidas adulteradas. Alguém, em algum lugar, tá lucrando com a saúde — e com a vida — dos outros. E isso, meus amigos, é de uma crueldade que beira o inacreditável.