
A coisa tá ficando feia, e como. O que parecia ser um caso isolado agora mostra suas garras — e que garras afiadas. Um segundo paciente, também com fortes indícios de intoxicação por metanol, acabou de sofrer um Acidente Vascular Cerebral. Sim, um AVC. E dos bravos.
O quadro se complicou de forma tão repentina quanto violenta. Tão rápido que deu vertigem. A equipe médica não teve alternativa a não ser correr contra o relógio e transferir o homem direto para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital de Base do Distrito Federal. Lá, agora, ele trava a batalha mais importante da vida.
O que se sabe sobre o estado do paciente
A situação é, para ser franco, delicadíssima. O AVC — esse evento cerebral traiçoeiro — é uma complicação temida em casos de envenenamento por álcool metílico. O corpo simplesmente entra em colapso. E o pior é que isso não é um filme, é a realidade crua de uma pessoa.
Médicos que acompanham o caso, com aquela cara de preocupação que a gente conhece, confirmaram que o estado de saúde é grave. Muito grave. Cada minuto na UTI conta, cada decisão médica pesa uma tonelada.
E o primeiro caso? E os outros?
Ah, isso é que é o mais intrigante. Enquanto este segundo paciente luta na UTI, o primeiro — que havia sido internado na quinta-feira — segue sob observação. Mas parece estar estável, graças a Deus. Uma pequena luz no fim do túnel, se é que podemos chamar assim.
Mas fica o suspense no ar: quantos mais podem estar por aí, sem saber do perigo que correm? A Secretaria de Saúde do DF, claro, já acionou todo o protocolo de investigação. Eles precisam descobrir a origem desse veneno. E rápido.
É aquela correria contra o tempo que a gente vê em série médica, só que com a tensão real de saber que vidas dependem disso.
Metanol não é brincadeira
Para quem não sabe — e muita gente não faz ideia — o metanol é uma daquelas substâncias sorrateiras. Pode estar escondido em bebidas adulteradas, naquelas garrafas sem procedência que às vezes aparecem por aí. O corpo humano processa essa toxina e a transforma em ácido fórmico, que é basicamente um veneno para o sistema nervoso.
Os sintomas? Podem começar com uma simples tontura, náusea... e evoluir para cegueira, coma e, nos casos extremos, o desfecho que ninguém quer nem imaginar.
E pensar que tudo isso poderia ser evitado. É de cortar o coração.
Enquanto as investigações correm nos bastidores, uma família espera. Um time médico se desdobra. E um homem luta pela vida, cercado de máquinas e esperança, na fria luz da UTI.