
A coisa está ficando séria em Pernambuco, e não é brincadeira. A Secretaria Estadual de Saúde acaba de colocar mais lenha na fogueira ao confirmar quatro novos casos suspeitos de intoxicação por metanol. Parece pouco? Quando o assunto é saúde pública, todo cuidado é pouco.
O que me preocupa — e deveria preocupar todo mundo — é que estamos falando de uma substância que não perdoa. Metanol não é aquela bebida que você toma num boteco e depois fica com ressaca. É veneno puro, e o pior: muitas vezes a pessoa nem sabe que está consumindo.
Os números que assustam
Vamos aos detalhes que importam. Além desses quatro novos casos que estão sob investigação, a Secretaria já descartou 18 suspeitas. Isso significa que a máquina pública está funcionando, sim, mas a situação exige que a população fique de olhos bem abertos.
O que pouca gente sabe é como isso acontece. O metanol, esse vilão silencioso, muitas vezes aparece em bebidas adulteradas — aquela cachaça baratinha que parece um bom negócio, ou até mesmo em alguns produtos industrializados de procedência duvidosa. A verdade é que o barato pode sair caro, muito caro.
Um perigo que não avisa
O mais assustador nessa história toda? Os sintomas podem demorar para aparecer. Não é como uma comida estragada que em meia hora você já sabe que fez uma besteira. Com o metanol, a coisa é traiçoeira — pode levar horas, até um dia inteiro para os primeiros sinais aparecerem.
E quando aparecem, é daquele jeito: visão embaçada, tontura, náuseas... e nos casos mais graves, pode levar até à morte. Não é exagero, é a pura realidade.
Agora, me diz uma coisa: vale a pena arriscar por economizar alguns trocados numa bebida? A resposta parece óbvia, mas todo dia alguém cai nessa armadilha.
O que fazer para se proteger?
- Desconfie de preços muito baixos — se está barato demais, provavelmente tem algo errado
- Compre apenas em estabelecimentos confiáveis — aquele boteco esquisito no fim da rua pode não ser a melhor opção
- Observe a embalagem — produtos originais têm selos de qualidade e informações claras
- Em caso de mal-estar após consumo — procure imediatamente um serviço de saúde e leve a embalagem da bebida
Parece conselho de mãe, mas é que mãe sempre tem razão quando o assunto é segurança. Melhor prevenir do que remediar — e no caso do metanol, muitas vezes nem tem remédio que resolva.
Enquanto isso, a vigilância sanitária segue de olho aberto. Esses quatro novos casos estão sendo investigados com a seriedade que merecem, e a população precisa fazer sua parte. Porque no final das contas, saúde é um negócio que a gente não brinca — ou pelo menos não deveria brincar.