Hospital em Itapetininga atinge 103% de lotação com surto de doenças respiratórias — entenda a crise
Hospital em Itapetininga atinge 103% de lotação

Não é exagero dizer que os corredores do Hospital de Itapetininga parecem um formigueiro humano nesta semana. Com uma ocupação absurdamente acima da capacidade — sim, 103%! —, a unidade virou o epicentro de uma tempestade perfeita: frio intenso, vírus oportunistas e um sistema que já vinha respirando por aparelhos.

"A gente improvisa até maca no corredor, mas não dá pra criar leito do nada", desabafa uma enfermeira que preferiu não se identificar. E olha que ela nem mencionou os prontuários empilhados como torre de Jenga...

O que está por trás do caos?

Três fatores explodiram simultaneamente:

  • Uma cambada de casos de gripe H3N2 (aquela que derrubou meio Brasil em 2022)
  • Picos atípicos de pneumonia — curiosamente, em adultos jovens
  • E, claro, a velha conhecida: Covid-19 resolveu dar as caras de novo

Resultado? Até a UTI pediátrica está atendendo adultos. "É como tentar apagar incêndio com copo d'água", filosofa um médico de plantão, entre um café e outro.

E a prefeitura, tá fazendo o quê?

Ah, as medidas são aquelas de sempre — mas com direito a novidade:

  1. Ampliação do horário de atendimento nas UBSs (até as 22h em algumas)
  2. Campanha de vacinação contra gripe em dobro
  3. E o "X da questão": um esquema de telemedicina com hospitais de Sorocaba para casos menos graves

Mas tem gente duvidando que isso resolva. "Teleconsulta não segura a mão de paciente assustado", resmunga um senhor na fila da farmácia.

Enquanto isso, os prontos-socorros particulares da região já começam a sentir o efeito dominó — e os planos de saúde devem entrar em colapso em... 3, 2, 1...