
Quando o assunto é envenenamento por metanol, cada minuto conta — e cada frasco de antídoto pode significar a diferença entre a vida e a morte. Foi pensando nessa corrida contra o tempo que o Hospital de Clínicas da Unicamp acaba de receber uma doação que, sem exagero algum, tem peso de ouro: 98 unidades de fomepizol, o medicamento específico para esses casos.
E olha que o timing não poderia ser mais estratégico. A gente sabe como o metanol — aquele álcool que não é para consumo humano — às vezes aparece em bebidas adulteradas ou em acidentes industriais. Quando isso acontece, a situação fica feia rapidinho. O corpo praticamente entra em pane.
Por que esse antídoto é tão crucial?
O fomepizol funciona bloqueando a enzima que transforma o metanol em substâncias altamente tóxicas no organismo. Sem esse bloqueio, a pessoa intoxicada pode desenvolver desde problemas visuais graves — inclusive cegueira irreversível — até cair em coma e, nos casos mais extremos, não resistir.
O que muita gente não imagina é que o tratamento precisa ser iniciado rapidamente. Esperar os sintomas piorarem é praticamente dar corda para uma bomba-relógio no organismo. Daí a importância de ter o medicamento ali, na prateleira, pronto para uso imediato.
Um reforço que veio em boa hora
Os 98 frascos chegaram ao HC na última sexta-feira, direto do Centro de Controle de Intoxicações da Faculdade de Ciências Farmacêuticas da Universidade de São Paulo (USP). Parece coisa de rotina, mas trust me — num momento de crise, isso aqui vira literalmente um salva-vidas.
O hospital, que é referência na região de Campinas, agora está ainda mais preparado para atender esses casos que, infelizmente, não são tão raros quanto a gente gostaria. A doação fortalece o estoque estratégico e dá mais segurança para as equipes médicas.
É aquela coisa: na medicina de emergência, preparação não é tudo — é a única coisa. E ter o antídoto certo na hora certa... bem, isso não tem preço que pague.