
A coisa ficou séria em Campinas, e a prefeitura não está brincando em serviço. Sabe aqueles casos de intoxicação por metanol que andam aparecendo? Pois é, virou prioridade zero.
Numa jogada que mostra que o perigo é real, a administração municipal baixou o martelo: todos os serviços de saúde — e isso inclui desde o pequeno postinho até os hospitais maiores — agora têm obrigação de notificar na hora qualquer suspeita de envenenamento por essa substância para a Unicamp. Imediatamente, sem delongas.
Correndo Contra o Tempo
O que pouca gente sabe — e é assustador — é que o metanol age rápido. Muito rápido. Dentro de poucas horas após o consumo, a pessoa pode começar a sentir os efeitos. E não é qualquer efeito: falamos de algo que pode levar à cegueira permanente ou, nos casos mais extremos, à morte.
"A gente não pode perder nem um minuto", me disse um médico que prefere não se identificar. "Cada hora conta quando se trata de metanol."
Sintomas que Enganam
Eis o que deixa os profissionais em alerta máximo:
- Dor de cabeça que não passa com remédio comum
- Tontura que derruba
- Náusea e vômito incontroláveis
- Visão embaçada ou — pasmem — perda total da visão
- Em casos avançados, convulsões e coma
O pior? No início, parece uma bebedeira comum ou uma virose qualquer. Mas não é. A diferença está na progressão — rápida e brutal.
Por que a Unicamp?
Boa pergunta. A universidade não é apenas um centro de ensino — possui um dos melhores e mais equipados centros de toxicologia do interior paulista. Eles têm expertise e, mais importante, o antídoto específico contra o metanol.
Sem esse antídoto, o tratamento fica complicado. Muito complicado. A Unicamp virou, de repente, a salvação para quem ingere essa substância por acidente — ou por desinformação.
Aliás, sabiam que o metanol às vezes aparece em bebidas adulteradas? É verdade. E não é lenda urbana não.
O que Esperar Agora
Com essa determinação da prefeitura, a expectativa é que os casos sejam identificados mais cedo e tratados com a urgência necessária. A medida, na prática, cria uma rede de proteção que antes não existia de forma organizada.
Mas cá entre nós: o ideal mesmo seria ninguém precisar desse tipo de atendimento. A prevenção ainda é o melhor remédio — e no caso do metanol, isso significa ficar longe de produtos que contenham a substância sem a devida identificação.
Campinas está de olho. E agora, com essa ação coordenada entre prefeitura e Unicamp, pelo menos o socorro chegará mais rápido para quem precisar.