Amapá registra 3º caso de raiva humana em 2025; vítima morre após ataque de macaco
Amapá confirma caso de raiva humana; vítima morre

O estado do Amapá confirmou um novo caso de raiva humana no município de Oiapoque, marcando o terceiro registro da doença no Brasil em 2025. A vítima, um jovem de 24 anos, não resistiu à infecção, reforçando o alerta sobre a gravidade desta enfermidade, que possui taxa de mortalidade de 100%, conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS).

Detalhes do caso no Amapá

O paraense Matheus Santa Rosa dos Santos, de 24 anos e natural de São Caetano de Odivelas, faleceu após contrair raiva. Ele foi atacado por um macaco enquanto pescava na região do Cabo Orange, uma área de manguezal no município de Oiapoque, extremo norte do Amapá. Dias após a agressão, o jovem começou a apresentar sintomas compatíveis com encefalite viral.

Matheus foi transferido para a Unidade de Terapia Intensiva do Hospital Universitário Barros Barreto, em Belém, referência no tratamento de infecções, onde permaneceu internado por duas semanas antes de vir a óbito. A Secretaria de Saúde do Amapá (Sesa) confirmou a relação do caso com o ataque do animal silvestre.

Prevenção e atendimento são fundamentais

Diante do cenário, as autoridades de saúde reforçam que a vacinação anual de cães e gatos é a principal forma de prevenção da raiva. No Piauí, por exemplo, estima-se que cerca de 85% desses animais domésticos estejam imunizados. Em Teresina, a capital está há 27 anos sem registrar casos da doença em humanos, conforme informou a médica Amparo Salmito, coordenadora de Epidemiologia da Fundação Municipal de Saúde (FMS).

Em situações de mordedura ou agressão por qualquer animal, a orientação é imediata:

  • Lavar bem o local da lesão com água e sabão.
  • Procurar o serviço de saúde mais próximo sem demora.

Esse primeiro atendimento é crucial para reduzir o risco de infecção e garantir a avaliação adequada para a indicação ou não da vacina e/ou soro antirrábicos.

Onde buscar atendimento em Teresina

Na capital piauiense, o atendimento antirrábico humano é centralizado no Hospital Municipal da Primavera, localizado na Avenida Duque de Caxias, no bairro Primavera. A unidade funciona todos os dias da semana, das 7h às 19h, e dispõe de todos os insumos necessários.

A indicação do tratamento profilático depende de uma avaliação profissional, que considera:

  • O histórico e tipo da agressão (ferimentos profundos ou múltiplos).
  • A localização da lesão (como rosto, pescoço ou membros).
  • As condições do animal agressor (se é vacinado, conhecido, domiciliado ou silvestre).

Riscos atuais e cuidados com animais silvestres

Atualmente, os acidentes com maior risco de transmissão da raiva são os provocados por morcegos. As recomendações das autoridades de saúde são claras:

É fundamental evitar que animais domésticos tenham contato com animais de rua ou silvestres. Não se deve manusear espécies como saguis, morcegos ou qualquer outro animal silvestre. Em caso de aparecimento desses animais em residências, a orientação é acionar a Gerência de Zoonoses local.

Pessoas atacadas por morcegos não devem tentar capturar o animal, e sim procurar atendimento de saúde imediatamente. Após uma agressão, o animal envolvido, quando possível, deve ser observado por um período de 10 dias, em casa ou em serviço veterinário, conforme orientação.

O caso no Amapá serve como um triste lembrete da importância da vigilância contínua, da vacinação responsável dos animais de estimação e da busca por atendimento médico imediato diante de qualquer agressão animal.