MS em alerta: 5 cidades com alto risco de dengue e 18 mortes confirmadas
Alto risco de dengue em 5 cidades de Mato Grosso do Sul

O estado de Mato Grosso do Sul enfrenta uma situação crítica de dengue no início de 2025, com cinco municípios classificados em alto risco de transmissão da doença. Os dados mais recentes, divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (SES), acendem um sinal de alerta para a população e para as autoridades.

Números alarmantes da dengue

O boletim epidemiológico da SES, publicado na sexta-feira, dia 5, revela um cenário preocupante. Até o momento, o estado registra 13.928 casos prováveis de dengue. Desse total, 8.372 infecções já foram confirmadas por exames laboratoriais.

A gravidade da situação é evidenciada pelo número de óbitos. A pasta estadual confirmou que a doença já causou 18 mortes em Mato Grosso do Sul. Além disso, outras 7 mortes seguem em investigação, aguardando laudos conclusivos para determinar se a dengue foi a causa.

As vítimas fatais estão distribuídas em 16 cidades diferentes, demonstrando a ampla disseminação do vírus. Os municípios que registraram mortes confirmadas são:

  • Inocência
  • Três Lagoas
  • Nova Andradina
  • Aquidauana
  • Dourados
  • Ponta Porã
  • Coxim
  • Iguatemi
  • Paranhos
  • Itaquiraí
  • Água Clara
  • Miranda
  • Aparecida do Taboado
  • Ribas do Rio Pardo
  • Campo Grande

Campanha de vacinação em andamento

Diante do avanço da doença, a estratégia de imunização ganha importância. A Secretaria de Saúde informou que 201.633 doses da vacina contra a dengue já foram aplicadas no público-alvo do estado. Mato Grosso do Sul recebeu um total de 241.030 doses enviadas pelo Ministério da Saúde.

O esquema vacinal adotado prevê a aplicação de duas doses, com um intervalo de três meses entre elas. A recomendação do Ministério da Saúde e da SES é que a vacina seja administrada em crianças e adolescentes com idade entre 10 e 14 anos, 11 meses e 29 dias.

A escolha dessa faixa etária não é aleatória. Segundo estudos epidemiológicos apresentados pela secretaria, esse grupo concentra o maior número de hospitalizações por dengue entre os jovens de 6 a 16 anos, tornando a imunização uma ferramenta crucial para reduzir casos graves.

Chikungunya também preocupa

A dengue não é a única doença transmitida pelo mosquito Aedes aegypti que preocupa as autoridades de saúde sul-mato-grossenses. O estado também registra um alto número de casos de chikungunya.

O boletim aponta 13.987 casos prováveis da doença, dos quais 7.593 estão confirmados no Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN). Um dado que chama a atenção é a ocorrência de 74 casos em gestantes, grupo que requer cuidados especiais.

A chikungunya também já provocou vítimas fatais no estado. Foram confirmadas 16 mortes nos seguintes municípios: Dois Irmãos do Buriti, Vicentina, Naviraí, Terenos, Fátima do Sul, Dourados, Sidrolândia, Glória de Dourados, Maracaju e Iguatemi.

Diante do cenário, a Secretaria de Estado de Saúde reforça as orientações à população. A principal recomendação é evitar a automedicação. Em caso de aparecimento de sintomas como febre alta, dores no corpo, manchas vermelhas na pele ou dor atrás dos olhos, a orientação é procurar atendimento médico imediatamente em uma unidade de saúde.

A combinação de cuidados individuais, eliminação de criadouros do mosquito e a adesão à campanha de vacinação são consideradas as armas mais eficazes para conter o avanço dessas doenças no estado.