
A coisa ficou séria no Grande Recife. Na terça-feira, 1º de outubro, a Secretaria Estadual de Saúde (SES) acionou o sinal de alerta com a notificação do que pode ser o primeiro caso de intoxicação por metanol na região. Um homem, morador de Olinda, deu entrada num hospital da rede particular com um quadro que deixou os médicos de cabelo em pé.
Os sintomas? Nada simples. O paciente chegou queixando-se de visão turva — aquela coisa de não conseguir focar direito — seguida de fortes tonturas e um mal-estar generalizado que não dava trégua. Coisa de deixar qualquer um apreensivo.
O que se sabe até agora sobre o caso
Segundo os boletins oficiais, o rapaz teria consumido uma bebida alcoólica de origem, digamos, duvidosa. A suspeita recai sobre o metanol, esse veneno traiçoeiro que pode se esconder em drinks falsificados. A situação é tão preocupante que a SES já emitiu um comunicado urgente para todos os serviços de saúde, públicos e privados.
A orientação é clara: profissionais devem ficar de olhos bem abertos para casos similares. Qualquer paciente chegando com esses sintomas após beber precisa ser tratado como potencial vítima de intoxicação por metanol. E tempo aqui é crucial — a diferença entre uma sequela permanente e uma recuperação total pode ser questão de horas.
Metanol: o perigo invisível nas bebidas
Para quem não sabe, o metanol é um álcool que não deveria estar em bebida alguma destinada ao consumo. O problema é que, visualmente, é praticamente impossível distinguir uma bebida adulterada de uma original. O gosto? Muitas vezes enganador.
- Os efeitos são assustadores: começa com dor de cabeça, tontura e náusea
- Evolui rápido: para dificuldades visuais, confusão mental
- O desfecho pode ser trágico: coma e, nos casos mais extremos, morte
O que mais preocupa é que os sintomas iniciais são facilmente confundidos com uma embriaguez comum. Mas aí, quando a coisa complica, já pode ser tarde demais.
O que as autoridades estão fazendo
A Vigilância Sanitária já deve estar com as botas no chão — pelo menos era o que se espera. Eles precisam descobrir a origem dessa bebida suspeita antes que mais alguém seja atingido. O comércio informal de bebidas alcoólicas sempre foi uma roleta-russa, mas agora a aposta ficou ainda mais perigosa.
Enquanto isso, a recomendação para o consumidor é óbvia, mas precisa ser repetida: compre bebidas apenas em estabelecimentos confiáveis, verifique selos de autenticidade e, se o preço estiver bom demais para ser verdade, desconfie. Sua saúde — e talvez sua vida — podem depender desse cuidado extra.
O caso de Olinda serve como um alerta para toda a região metropolitana. Quando um caso desses aparece, é sinal de que pode haver outros por aí, não detectados. A população precisa ficar atenta e os serviços de saúde, preparados. Porque no jogo da bebida adulterada, ninguém quer ser a próxima vítima.