
O perigo mora onde menos se espera. Nas prateleiras de mercadinhos de fundo de quintal, nos botecos sem alvará, nas garrafas sem rótulo que prometem um barato barato — mas que podem custar caro demais. A Vigilância Sanitária de Mato Grosso do Sul soou o alarme esta semana, e o recado é direto: cuidado com o que você bebe.
Não é exagero. A situação é séria como um infarto. A tal contaminação por metanol — aquele álcool que não é para consumo humano — está aparecendo em bebidas fabricadas naquelas cozinhas improvisadas, longe de qualquer fiscalização. E o pior? Você não sente o gosto diferente. O veneno chega disfarçado.
O que diabos está acontecendo?
Pois é. A coisa tá feia. A Vigilância Sanitária estadual identificou casos de produtos adulterados circulando por aí. E não são poucos. A orientação oficial é clara: compre apenas em estabelecimentos registrados, daqueles que você conhece a procedência. Nada de cair na tentação do preço baixo naquele comércio duvidoso.
O metanol é traiçoeiro. Os sintomas iniciais até parecem com uma bebedeira comum — tontura, enjoo, dor de cabeça. Mas aí vem o troco: visão embaçada, confusão mental, e nos casos mais graves, coma e... bem, você entende. A diferença entre uma festa e um desastre pode estar numa única dose.
Como se proteger dessa roubada?
- Conheça a origem: Só compre bebidas em lugares que você confia, com nota fiscal e tudo certinho
- Desconfie do preço: Quando a esmola é demais, o santo desconfia — bebidas muito baratas podem esconder problemas graves
- Observe a embalagem: Garrafas sem rótulo, lacres violados ou aparência duvidosa são bandeira vermelha
- Preste atenção aos efeitos: Se após consumir a bebida vierem sintomas diferentes do usual, busque ajuda médica imediatamente
Parece óbvio? Talvez. Mas na correria do dia a dia, ou naquela festa onde o orçamento tá curto, a gente acaba baixando a guarda. E é exatamente aí que o perigo espreita.
A Vigilância Sanitária tá de olho — mas sozinha não consegue vistoriar cada cantinho do estado. A população precisa fazer sua parte. Se você souber de algum local comercializando bebidas suspeitas, denuncie. Pode ser anônimo. Pode salvar vidas.
No fim das contas, a questão é simples: sua saúde vale mais que alguns reais economizados. Na dúvida, melhor deixar pra lá. Como diz o velho ditado, o barato que sai caro pode custar tudo.