
O Acre acaba de acender uma luz vermelha no radar da saúde pública. E não é para pouco — as autoridades sanitárias estão investigando o que pode ser o primeiro caso de intoxicação por metanol no estado. A situação, digamos, preocupa e muito.
Parece que tudo começou com uma bebida alcoólica comum, daquelas que muita gente consome sem pensar duas vezes. Mas aí é que mora o perigo: quando o álcool etílico dá lugar ao metanol, a brincadeira pode terminar muito mal.
O que diabos está acontecendo?
Bom, vamos por partes. A Secretaria de Estado de Saúde (Sesacre) confirmou que está acompanhando de perto um paciente com sintomas que batem direitinho com intoxicação por metanol. A pessoa — cuja identidade obviamente não foi revelada — deu entrada em uma unidade de saúde apresentando um conjunto de sintomas bastante característicos.
E quais seriam esses sintomas? Imagine uma combinação nada agradável: visão turva que piora rapidamente, dores de cabeça que não passam, náuseas e vômitos persistentes. Coisa séria, mesmo.
Mas espera aí, qual a diferença?
Ah, essa é fundamental! Enquanto o álcool comum (etanol) é aquela substância que as pessoas consomem socialmente — com moderação, claro — o metanol é um veneno disfarçado. O problema é que ambos são álcoois, mas com efeitos completamente diferentes no organismo.
O metanol, quando entra no corpo, se transforma em ácido fórmico. E esse tal de ácido fórmico é particularmente tóxico para o sistema nervoso — especialmente para o nervo óptico. Daí a questão da visão comprometida aparecer como um dos principais sinais de alerta.
E olha que o negócio é rápido: os sintomas podem aparecer poucas horas depois do consumo. Às vezes demora um pouquinho mais, mas geralmente não passa de 24 horas.
Como as autoridades estão reagindo?
A Sesacre não está brincando em serviço. Assim que a suspeita surgiu, eles acionaram todo o protocolo de investigação. A primeira coisa que fizeram foi coletar amostras da bebida consumida — que, aliás, já está sendo analisada em laboratório.
Enquanto os resultados não saem, a vigilância sanitária local está de olho aberto. Eles sabem que, se confirmado, esse caso pode ser só a ponta do iceberg. A preocupação é que haja um lote contaminado circulando por aí.
Não é exagero — em outros estados brasileiros já aconteceram surtos relacionados a bebidas adulteradas com metanol. E os resultados, bom, foram trágicos, para dizer o mínimo.
E o paciente, como está?
Segundo as informações que consegui apurar, a pessoa está recebendo todo o suporte necessário. O tratamento para intoxicação por metanol é específico e requer acompanhamento hospitalar constante. Tem que neutralizar os efeitos tóxicos o mais rápido possível.
O que me deixa pensando: quantas pessoas por aí podem ter consumido a mesma bebida e ainda não apresentaram sintomas? É uma possibilidade assustadora, não é?
E agora, o que fazer?
Se tem uma coisa que essa situação nos ensina é: cuidado redobrado com o que a gente bebe. Principalmente com bebidas de origem duvidosa ou aquelas que parecem "baratinhas demais". Às vezes a economia não vale o risco.
Os sintomas para ficar de olho são:
- Visão embaçada ou turva que piora rapidamente
- Dores de cabeça intensas e persistentes
- Náuseas e vômitos sem explicação aparente
- Tontura e confusão mental
- Em casos mais graves, convulsões
Se você ou alguém que conhece apresentar esses sinais após consumir bebida alcoólica, não pense duas vezes: procure atendimento médico imediatamente. Cada minuto conta nesses casos.
Enquanto isso, as investigações seguem a todo vapor no Acre. A expectativa é que nos próximos dias tenhamos mais informações sobre a origem da bebida e se há outros casos relacionados.
Uma coisa é certa: quando se trata de saúde pública, é melhor prevenir do que remediar. E nesse caso, o remediar pode ser tarde demais.