Um levantamento inédito do IBGE revelou uma característica peculiar da população sergipana: o estado possui a maior concentração de pessoas compartilhando o mesmo sobrenome em todo o país. Os dados mostram que Sergipe é um caso único quando o assunto é identidade familiar.
Os Números que Contam a História
De acordo com a pesquisa, impressionantes 12,8% da população de Sergipe compartilha o mesmo sobrenome. Esse percentual coloca o estado significativamente acima da média nacional, que é de apenas 8,5%. O segundo colocado no ranking, Alagoas, registra 11,9%.
O Reinado dos 'Santos'
O sobrenome 'Santos' lidera com folga entre os sergipanos, aparecendo em 4,9% dos registros da população. Em seguida, vêm os tradicionais 'Silva' (3,5%) e 'Oliveira' (2,8%), completando o pódio dos nomes mais comuns no estado.
Por Que Essa Concentração?
Especialistas apontam que essa peculiaridade demográfica tem raízes históricas profundas:
- Origem colonial: A concentração de sobrenomes reflete o processo de colonização e formação social da região
- Pouca diversidade de imigração: Diferente de estados do Sul e Sudeste, Sergipe recebeu menos levas de imigrantes com sobrenomes variados
- Tradição familiar: A manutenção de sobrenomes ao longo das gerações fortaleceu essa característica
Além dos Números: O Que Isso Significa?
Essa concentração de sobrenomes vai além de uma simples curiosidade estatística. Ela revela aspectos importantes da formação cultural e social do estado, mostrando como as tradições familiares se mantiveram fortes ao longo dos séculos.
O fenômeno também tem implicações práticas: imagine a confusão nas repartições públicas, escolas ou até mesmo nas redes sociais quando tantas pessoas compartilham não apenas o sobrenome, mas muitas vezes também os primeiros nomes!
Esses dados do IBGE nos mostram que, em Sergipe, a expressão 'todo mundo é parente' pode ser mais verdadeira do que se imagina.