Os piauienses estão vivendo mais, segundo dados divulgados pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). A expectativa de vida ao nascer no estado atingiu 77 anos em 2024, colocando o Piauí na terceira posição entre os estados do Nordeste e nona no ranking nacional.
Recuperação pós-pandemia
Após o impacto negativo da Covid-19, a trajetória de crescimento da expectativa de vida foi retomada. O instituto destacou que, comparado a 2010, quando a expectativa era de 75,3 anos, houve um aumento significativo de um ano, oito meses e 12 dias.
Em relação ao ano anterior, o crescimento foi de dois meses e 12 dias, saindo de 76,8 anos em 2023 para os atuais 77 anos. A pandemia havia interrompido uma sequência de crescimento contínuo desde 2010, com reduções registradas em 2020 (75,3 anos) e 2021 (74,1 anos).
Diferença entre gêneros e idosos
As mulheres piauienses continuam vivendo significativamente mais que os homens. Enquanto elas têm expectativa de vida de 80,8 anos ao nascer, os homens ficam com 73,3 anos - uma diferença de sete anos e seis meses.
Os idosos do Piauí apresentam um desempenho ainda mais impressionante. Quem atinge os 60 anos no estado tem expectativa de viver mais 23,7 anos, o segundo maior indicador do país, atrás apenas do Distrito Federal (24,4 anos).
Novamente as mulheres levam vantagem: as idosas vivem aproximadamente 3,4 anos a mais que os homens idosos. A média piauiense supera a nacional, que é de 22,6 anos adicionais após os 60 anos.
Mortalidade infantil preocupa
Apesar dos avanços na expectativa de vida geral, o estado ainda enfrenta desafios na mortalidade infantil. O Piauí registra a quarta maior taxa do Nordeste e sétima maior do Brasil, com 14,6 mortes por mil nascidos vivos.
Entretanto, há motivos para otimismo: em 24 anos, o estado reduziu drasticamente esse indicador em 64%, passando de 40,4 mortes para 14,6 por mil nascidos vivos entre as duas décadas analisadas.
O desempenho do Piauí supera a média nacional de expectativa de vida, que ficou em 76,6 anos em 2024. O Distrito Federal lidera o ranking com 79,7 anos, enquanto Amapá e Roraima registraram as menores taxas: 74,3 anos.