IBGE revela nomes mais raros de Ribeirão Preto e Franca em SP
Nomes mais raros de Ribeirão Preto e Franca no IBGE

Nomes 'diferentões' chamam atenção em cidades do interior paulista

Um levantamento inédito do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) revelou os nomes e sobrenomes mais raros registrados em Ribeirão Preto e Franca, duas importantes cidades do interior de São Paulo. A pesquisa, divulgada nesta semana, traz dados do Censo Demográfico de 2022 e apresenta pela primeira vez esse tipo de informação detalhada.

Os nomes mais incomuns de Ribeirão Preto

Em Ribeirão Preto, o estudo identificou 195 nomes que aparecem em apenas dez registros cada, todos empatados na 2.861ª posição no ranking municipal. Entre as curiosidades estão nomes como Assunta, Alcebíades, Guulherme, Rigério e Guatavo - este último claramente uma variação incomum do tradicional "Gustavo".

Os pesquisadores observaram que muitos desses nomes chamam atenção por serem variações pouco convencionais ou até mesmo resultado de possíveis erros de digitação no momento do registro civil. O caso de "Guulherme" em vez de "Guilherme" é um exemplo emblemático dessa tendência.

Franca também tem suas peculiaridades

A situação em Franca não é muito diferente. A cidade possui 141 nomes com apenas dez registros, empatados na 2.035ª posição. Entre os mais incomuns estão Criatiane, Ridrigo, Esposa e Efuardo - este último sendo uma variação curiosa de "Eduardo".

O nome "Esposa" chama particular atenção por ser uma palavra comum do português utilizada como nome próprio, um fenômeno que desperta curiosidade sobre a história por trás dessa escolha.

Sobrenomes incomuns completam o cenário

A pesquisa do IBGE também mapeou os sobrenomes menos frequentes nas duas cidades. Em Ribeirão Preto, destacam-se sobrenomes como Alckimim, Coca, Fiel, Dps, Homens, Dornelles e Russomano. Todos ocupam a posição 5.931º na lista de sobrenomes da cidade, representando apenas 0,001% da população.

Já em Franca, os sobrenomes raros incluem Albes, Hora, Angel, Beck, Bisanha, Eca, Dornelles e Falou, todos empatados na 2.691ª posição e correspondendo a 0,003% dos moradores.

Ferramenta permite consulta personalizada

O IBGE disponibilizou uma ferramenta online chamada "Nomes no Brasil" que permite aos cidadãos consultarem a popularidade de qualquer nome ou sobrenome no país. É possível filtrar os resultados por país, estado ou município específico, descobrindo quantas pessoas compartilham o mesmo nome ou se ele é praticamente único.

Segundo nota técnica do instituto, somente são apresentados os nomes cuja frequência é maior ou igual a 20 para o total do Brasil. Para unidades da federação, exige-se ao menos 15 nomes iguais, enquanto para municípios como Ribeirão Preto e Franca, a frequência mínima é de dez registros.

Maria e José continuam liderando

Apesar dos nomes incomuns, os tradicionais Maria e José mantêm sua hegemonia nas duas cidades pesquisadas. Em Ribeirão Preto, Maria é o nome feminino mais popular, aparecendo em aproximadamente 30.111 registros, o que representa 4,31% da população local.

José lidera o ranking masculino na cidade, com 12.034 registros que correspondem a 1,72% dos moradores. Em Franca, a tendência se repete: Maria aparece em 18.399 registros (5,22% da população), enquanto José soma 7.126 registros, equivalente a 2,02% dos francanos.

O estudo demonstra como, mesmo com o surgimento de nomes criativos e incomuns, as tradições familiares e culturais ainda exercem forte influência na escolha dos nomes dos brasileiros, mantendo vivos os clássicos que atravessam gerações.