Expectativa de vida na Bahia é de 75 anos e 8 meses, aponta IBGE
Bahia tem 10ª menor expectativa de vida do Brasil

Os baianos estão vivendo mais, mas ainda abaixo da média nacional. É o que revelam os dados mais recentes do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), divulgados nesta sexta-feira (28).

A expectativa de vida ao nascer na Bahia atingiu 75 anos e oito meses em 2024, representando uma melhora significativa em relação aos anos mais críticos da pandemia, mas ainda posicionando o estado entre os dez com menores índices do país.

Recuperação pós-pandemia

Os números mostram uma trajetória de recuperação após a queda registrada em 2020, quando a expectativa de vida no estado baixou para 70,2 anos devido aos impactos da Covid-19. Em 2021, o índice chegou ao ponto mais baixo: 69,2 anos, refletindo o auge da crise sanitária.

A evolução nos últimos anos demonstra a resiliência do sistema de saúde baiano:

  • 2024: 75,8 anos
  • 2023: 71,6 anos
  • 2022: 70,7 anos
  • 2021: 69,2 anos
  • 2020: 70,2 anos
  • 2019: 71,6 anos

Diferença entre gêneros e comparação nacional

As mulheres baianas continuam vivendo mais que os homens, mantendo uma tendência histórica observada em todo o país. Enquanto elas têm uma expectativa de vida de 79,8 anos, os homens ficam com 71,9 anos - uma diferença de quase oito anos.

Quando comparada à média nacional de 76,6 anos, a Bahia fica 10 meses abaixo. O estado ocupa a décima posição entre as unidades federativas com menor expectativa de vida no ranking nacional.

Os melhores índices do país pertencem ao Distrito Federal (79,7 anos), Santa Catarina (78,3 anos) e Rio Grande do Norte (77,8 anos).

Mortalidade infantil: avanços e desafios

Outro indicador importante analisado pelo IBGE foi a taxa de mortalidade infantil. Na Bahia, o índice registrado em 2024 foi de 14,3 mortes para cada mil nascidos vivos.

Embora o número ainda esteja acima da média nacional de 12,2 mortes por mil, os dados revelam uma melhora expressiva quando observada a série histórica. Há 20 anos, em 2004, a taxa era de 40,8 mortes por mil nascidos vivos. Dez anos atrás, em 2014, o índice havia caído para 17,2.

Os piores índices de mortalidade infantil do Brasil estão em Roraima (21,8), Amapá (19,2) e Sergipe (18,2), mostrando que as regiões Norte e Nordeste ainda concentram os maiores desafios nessa área.

Os dados do IBGE reforçam a necessidade de políticas públicas específicas para a Bahia, especialmente voltadas para a saúde da população masculina e para a redução da mortalidade infantil, garantindo que mais baianos possam alcançar idades mais avançadas com qualidade de vida.