Um retrato detalhado da situação conjugal dos moradores de Juiz de Fora foi revelado pelos dados do Censo 2022, divulgados neste mês pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Os números mostram uma cidade onde mais da metade da população não vive em união conjugal, um dado que reflete mudanças significativas nos arranjos familiares contemporâneos.
Panorama conjugal de Juiz de Fora
De acordo com o levantamento, 253.914 habitantes de Juiz de Fora, o que corresponde a aproximadamente 52% da população, declararam não viver em união conjugal. Esse grupo, no entanto, não é formado exclusivamente por pessoas solteiras, incluindo também aquelas que moram sozinhas, mas mantêm relacionamentos sem coabitação.
O lado oposto da estatística mostra que 232.002 pessoas (48%) afirmaram viver em união conjugal. O IBGE utiliza o termo "cônjuge" para identificar qualquer pessoa que mantém uma união com outra, seja através de casamento civil, religioso, união estável ou mesmo convivência sem formalização, desde que compartilhem a mesma moradia.
Detalhamento do perfil da população
Um mergulho mais profundo nos números revela nuances importantes sobre a situação conjugal dos jundiaienses. Entre os que não vivem em união, 100.413 pessoas já experimentaram essa situação no passado, enquanto 153.501 declararam nunca ter vivido em união conjugal.
É fundamental compreender que a categoria "não viviam em união conjugal" agrupa diferentes situações: separados, viúvos, divorciados e aqueles que simplesmente nunca coabitaram com um parceiro. Já o grupo que "nunca viveram em união" corresponde especificamente às pessoas que nunca moraram com cônjuge ou companheiro.
Comparação com outras cidades da região
Os dados do Censo 2022 permitem comparar a realidade de Juiz de Fora com outras importantes cidades da Zona da Mata e Campo das Vertentes:
Barbacena apresenta 53% da população não vivendo em união conjugal contra 47% que vivem.
Muriaé mostra um equilíbrio quase perfeito: 52% em união contra 48% não.
São João del Rei segue padrão similar a Juiz de Fora: 52% não vivem em união.
Viçosa e Leopoldina registram divisões praticamente iguais: 50% para cada situação.
Ubá se destaca com maioria (53%) vivendo em união conjugal.
Visconde do Rio Branco mantém leve vantagem para quem vive em união: 51% contra 49%.
Esses números, coletados rigorosamente pelo IBGE, oferecem um retrato atualizado da estrutura familiar brasileira e servem como importante ferramenta para o planejamento de políticas públicas municipais e regionais. A diversidade de arranjos familiares revelada pelo censo demonstra a necessidade de abordagens personalizadas que contemplem as diferentes realidades da população.