
Em um cenário que parece saído de um filme pós-apocalíptico, um grupo de idosas desafia as ordens de demolição e continua vivendo em um prédio abandonado no centro de Fortaleza, Ceará. O edifício, que já foi um local movimentado, hoje é conhecido como "prédio fantasma" devido ao seu estado de degradação e à ausência quase total de moradores.
A vida no limbo
As residentes, todas com mais de 70 anos, enfrentam diariamente a falta de infraestrutura básica: não há elevador funcionando, a energia elétrica é precária e o abastecimento de água é irregular. Mesmo assim, elas se recusam a sair do local que consideram seu lar.
O conflito com o poder público
A prefeitura alega que o prédio apresenta riscos estruturais e precisa ser demolido para a segurança da população. As idosas, porém, argumentam que não receberam alternativa de moradia adequada e que têm direito à indenização justa.
Histórias de resistência
Entre as moradoras está Dona Maria, de 78 anos, que vive no prédio há mais de quatro décadas. "Aqui estão todas as minhas memórias", diz ela, mostrando fotos antigas nas paredes rachadas do apartamento. Outras residentes compartilham histórias semelhantes de apego ao local, mesmo reconhecendo as condições precárias.
O futuro incerto
Enquanto a batalha judicial continua, as idosas seguem sua rotina no prédio fantasma, criando uma comunidade improvável em meio ao abandono. O caso levanta questões importantes sobre direitos habitacionais, envelhecimento e políticas urbanas nas grandes cidades brasileiras.