Brasil dá um salto na ciência: inaugura a maior biofábrica de mosquitos 'do bem' do planeta
Maior biofábrica de mosquitos 'do bem' é inaugurada no Brasil

Parece coisa de filme de ficção científica, mas é pura realidade: o Brasil acaba de colocar em operação a maior fábrica de mosquitos geneticamente modificados do mundo. E não, não é nenhum experimento maluco — é uma estratégia inteligente para reduzir drasticamente a população do temido Aedes aegypti.

Um projeto que muda o jogo

Localizada em — pasme — Pernambuco, essa biofábrica é capaz de produzir nada menos que 100 milhões de mosquitos por semana. A matemática é simples: mais mosquitos 'do bem' soltos no ambiente significa menos mosquitos transmissores de doenças como dengue, zika e chikungunya.

"É como enviar espiões para o território inimigo", brinca um dos pesquisadores envolvidos, antes de explicar com seriedade: os machos modificados cruzam com fêmeas selvagens, e sua prole não chega à fase adulta. Resultado? População de Aedes despenca.

Números que impressionam

  • 5 bilhões de mosquitos produzidos anualmente
  • Tecnologia 100% brasileira
  • Redução de até 90% nos focos do mosquito em áreas testadas

E o melhor? Tudo isso sem usar uma gota sequer de inseticida, que além de prejudicial ao meio ambiente, está cada vez menos eficaz contra os insetos.

O que isso significa para você?

Se você já perdeu dias de trabalho por causa da dengue ou conhece alguém que sofreu com zika, essa é uma notícia e tanto. As primeiras áreas a receberem os mosquitos 'do bem' serão justamente as com maiores índices de infestação — e os resultados devem aparecer em poucos meses.

"É uma vitória da ciência brasileira", comemora o ministro da Saúde, destacando que o país agora exporta tecnologia em vez de apenas importar soluções. Quem diria que esses pequenos insetos poderiam colocar o Brasil no mapa da inovação em saúde global?

Enquanto isso, nas ruas das cidades beneficiadas, a população torce para que esses mosquitos diferentes façam mesmo a diferença. Afinal, depois de tantas epidemias, qualquer solução — por mais inusitada que pareça — é bem-vinda.