Engenheiras no Brasil: Desafios e Superação em uma Profissão Dominada por Homens
Desafios das engenheiras em profissão dominada por homens

Mulheres na Engenharia: Rompendo Barreiras em um Mundo Masculino

A engenharia ainda é uma das profissões com maior disparidade de gênero no Brasil. Apesar dos avanços, as mulheres que escolhem esta carreira enfrentam desafios únicos - desde o canteiro de obras até os escritórios de projetos.

Os Números que Mostram a Desigualdade

Segundo dados do Conselho Federal de Engenharia e Agronomia (Confea), apenas 15% dos profissionais registrados são mulheres. Em algumas especialidades, como engenharia civil e mecânica, esse percentual cai para menos de 10%.

Depoimentos que Inspiram

Conversamos com engenheiras que compartilharam suas experiências:

  • Ana Paula, 32 anos: "No meu primeiro dia como engenheira civil no canteiro de obras, me confundiram com a secretária. Tive que provar minha competência todos os dias"
  • Mariana, 28 anos: "Na faculdade, era a única mulher em uma turma de 40 alunos. Muitos professores duvidavam que eu conseguiria acompanhar"
  • Carolina, 45 anos: "Depois de 20 anos na profissão, ainda sou interrompida em reuniões. Mas hoje tenho voz para me impor"

Os Desafios Diários

As profissionais relatam enfrentar:

  1. Questionamentos sobre sua capacidade técnica
  2. Dificuldade em ser levada a sério em ambientes masculinos
  3. Assédio velado em canteiros de obras
  4. Salários menores que colegas homens com mesma qualificação

Mudanças no Horizonte

Apesar dos obstáculos, o cenário começa a mudar. Programas como "Meninas na Engenharia" e políticas de diversidade nas empresas estão ajudando a equilibrar os números. Como diz a engenheira Roberta Silva: "Competência não tem gênero. Estamos aqui para provar isso todos os dias".