Costureira é presa por trabalho análogo à escravidão em confecção de Rio Preto
Costureira presa por trabalho análogo à escravidão em Rio Preto

Uma costureira foi presa em flagrante nesta quarta-feira (5) em São José do Rio Preto, acusada de manter funcionários em condições análogas à escravidão em uma confecção de roupas. A operação que revelou a situação foi realizada pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) em conjunto com a Polícia Civil.

Condições degradantes na oficina

De acordo com as investigações, os trabalhadores eram submetidos a jornadas exaustivas em um ambiente completamente inadequado. A oficina funcionava em um espaço improvisado nos fundos da residência da empresária, sem as mínimas condições de segurança e higiene.

Entre as violações encontradas estão:

  • Ausência de equipamentos de proteção individual
  • Instalações elétricas precárias e perigosas
  • Falta de ventilação adequada no ambiente de trabalho
  • Jornadas de trabalho que ultrapassavam 12 horas diárias
  • Pagamento abaixo do piso salarial da categoria

Operação de resgate

Os fiscais do MPT encontraram cinco trabalhadores atuando no local no momento da operação. Todos foram imediatamente resgatados e encaminhados para receber assistência social e trabalhista. Eles terão direito a todas as verbas rescisórias e indenizações previstas em lei.

"É inaceitável que em pleno século XXI ainda encontremos situações como esta, onde seres humanos são tratados como mercadoria", declarou um dos procuradores envolvidos na operação.

Prisão em flagrante

A empresária, identificada como Maria dos Santos, foi presa em flagrante pelos crimes de redução à condição análoga à de escravo e por descumprir normas básicas de segurança do trabalho. Ela foi encaminhada ao sistema prisional e responderá judicialmente pelas acusações.

Este caso se soma a outros recentes descobertos na região, levantando alertas sobre a necessidade de maior fiscalização no setor têxtil, conhecido por concentrar situações de vulnerabilidade trabalhista.