
Parece que o presidente Lula está colecionando encontros com papas como quem coleciona selos raros. Dessa vez, foi a vez de Leão XIV receber o mandatário brasileiro em uma audiência privada que movimentou os corredores seculares do Vaticano.
O anúncio oficial saiu diretamente da Santa Sé - coisa séria, sem intermediários. A confirmação veio através de um comunicado da Sala de Imprensa da Santa Sé, aquela que normalmente anuncia coisas como canonizações e documentos importantes da Igreja.
Uma trajetória pontifícia impressionante
O que chama atenção, francamente, é o currículo papal de Lula. São quatro! Quatro papas diferentes com quem o presidente já trocou ideias ao longo de sua trajetória política. Isso não é algo que se veja todo dia, convenhamos.
Pensa bem: João Paulo II, Bento XVI, Francisco e agora Leão XIV. É como se cada pontificado tivesse sua versão Lula nas relações Brasil-Vaticano. Algo meio único, pra ser sincero.
Os bastidores do encontro
O encontro rolou no Palácio Apostólico, aquela construção imponente que já viu séculos de história da Igreja Católica. Detalhe curioso: Lula estava acompanhado da primeira-dama, Janja, e de uma comitiva ministerial que incluía ninguém menos que Mauro Vieira, nosso chanceler.
Imagino a cena: o protocolo vaticano, os guardas suíços com aquelas roupas coloridas, o peso histórico do lugar... e no meio disso tudo, Lula conversando com o sucessor de Pedro. Dá até um frio na espinha.
E não foi só papo furado. As conversas, segundo fontes próximas, abordaram desde questões globais urgentes até aqueles temas que sempre aparecem quando Brasil e Vaticano se encontram: paz internacional, proteção ao meio ambiente - a Amazônia sempre em pauta, claro - e cooperação em projetos sociais.
O que significa tudo isso?
Além do óbvio simbolismo religioso, esses encontros têm um peso diplomático considerável. O Brasil, com sua enorme população católica, sempre manteve relações especiais com a Santa Sé. Mas quatro papas diferentes? Isso é história viva.
Alguns analistas políticos chegam a brincar que Lula deve ter um «passaporte papal» com vistos de todos os pontífices. Brincadeiras à parte, isso demonstra uma continuidade nas relações que transcende governos e até mesmo mudanças na liderança da Igreja.
O interessante é observar como cada encontro tem seu tom, sua peculiaridade. Com Francisco, por exemplo, as conversas sempre têm um sabor mais social, mais próximo das questões dos pobres - tema caro a ambos.
Agora com Leão XIV, quem sabe quais novas frentes de diálogo se abrem? O mundo tá precisando de pontes, não de muros. E se tem alguém que sabe construir pontes, são esses dois veteranos das relações internacionais.
Resta esperar pelos desdobramentos. Coisa de diplomacia: às vezes o que importa não é o que foi dito, mas o simples fato do encontro ter acontecido. E este, com certeza, vai entrar para os anais das relações entre Brasil e Vaticano.